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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Dia 18 de setembro - datas comemorativas - hoje do patriotismo ao santo dos estudantes em apuros

DIA DOS SÍMBOLOS NACIONAIS (1822)

No dia 18 de setembro é comemorado o Dia dos Símbolos Nacionais. A data homenageia os símbolos que representam o Brasil e a identidade da nação no mundo. Descritos na Constituição Federal, os quatro símbolos oficiais do Brasil são: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais (ou Brasão Nacional) e o Selo Nacional. A apresentação e a regulamentação dos símbolos nacionais brasileiros foram estabelecidos pela Lei 5.700, de 1971, que padroniza e define as dimensões, padrões, cores e representações dos símbolos.

Para o consultor legislativo de Cultura e Esportes do Senado, Gabriel Firme, os símbolos nacionais representam a nação brasileira e os fundamentos constitucionais: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.

— Os símbolos nacionais exaltam os valores positivos de uma nação. A nação brasileira compartilha um conjunto de culturas e práticas. Nação significa união de um povo com sentimento de pertencimento e sentimento de unidade entre si. Exaltar os símbolos nacionais é importante para manter tudo que faz parte da Constituição da nação brasileira — declarou.

O consultor observou ainda que é importante incentivar modos de criar e de manter os símbolos como representação da nação. Ele afirmou que nacionalismo pode ir de uma linha positivista, ou até mesmo para um discurso de violência.

— Em algumas situações de representações políticas o nacionalismo começa a ir contra os próprios princípios da nação, como a liberdade e democracia, e volta da ditadura, violência e discurso de ódio — disse.

No governo de Dilma Rousseff foi aprovada a Lei 12.472, de 2011, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), para incluir o estudo dos símbolos nacionais (bandeira, hino, armas e selo) como tema transversal do ensino fundamental. Por lei, o assunto deve ser abordado não como disciplina independente, mas dentro das já existentes.

Bandeira Nacional



A bandeira nacional foi instituída em 19 de novembro de 1889, quatro dias depois da Proclamação da República. Ela foi inspirada na bandeira do Império brasileiro. A cor verde representa a Casa de Bragança, da família real portuguesa, e a cor amarela representa os Habsburgos, a família da imperatriz Leopoldina. Além disso, as cores retratam às riquezas do país: verde das matas e florestas, amarelo das riquezas minerais, o azul do céu e o branco a paz.

“Ordem e Progresso”, lema escrito na bandeira, tem inspiração na filosofia positivista. As estrelas simbolizam os 26 estados e o Distrito Federal. A disposição delas representa a constelação Cruzeiro do Sul, no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, quando foi Proclamada a República do Brasil. No dia 19 de novembro é celebrado o Dia da Bandeira.

A Constituição Federal determina que a bandeira nacional deve ser hasteada diariamente no Congresso Nacional, nos Palácios do Planalto e da Alvorada, nas sedes dos ministérios, nos tribunais superiores, no Tribunal de Contas da União, nas sedes de governos estaduais, nas assembleias legislativas, nos tribunais de Justiça, nas prefeituras e Câmaras de Vereadores, nas repartições públicas próximas da fronteira, nos navios mercantes e nas embaixadas. Nas escolas públicas ou particulares, também é obrigatório o hasteamento da bandeira nacional, durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana.

Armas Nacionais



As Armas Nacionais ou Brasão Nacional representam a glória, a honra e a nobreza do país e foram criadas na mesma data que a bandeira nacional. O uso do símbolo é obrigatório nos edifícios dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e pelas Forças Armadas. Também estão presentes em todos os prédios públicos, representando as características que compõem a República Federativa.

O brasão é um escudo azul, apoiado sobre uma estrela de cinco pontas, disposta na forma da constelação Cruzeiro do Sul, com uma espada em riste. Ao seu redor, está uma coroa formada de um ramo de café frutificado e outro de fumo florido sobre um resplendor de ouro. O símbolo traz ainda a data da proclamação da República Federativa do Brasil, 15 de novembro de 1889.

Selo Nacional



O Selo Nacional, também foi criado em novembro de 1889, no governo de Marechal Deodoro da Fonseca. O selo do Brasil é baseado na esfera da Bandeira Nacional, representado por um círculo tendo em volta as palavras “República Federativa do Brasil”. Ele é usado para autenticar documentos oficiais, atos de governo, diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas.

Hino Nacional



O Hino Nacional foi composto por música de Francisco Manoel da Silva e poema de Joaquim Osório Duque Estrada, para celebrar a Independência do Brasil (1822), e se tornou oficial durante as comemorações de 100 anos de independência, em 1922. Ele é cantado em solenidades e eventos oficiais do governo, aberturas de eventos cívicos, patrióticos, culturais, esportivos, escolares e religiosos. O hino também é reproduzido durante o ritual de hasteamento da Bandeira Nacional.

Além do hasteamento da bandeira, o hino nacional deve ser cantado pelo menos uma vez por semana nas escolas públicas e particulares de todo país. O Dia do Hino Nacional é comemorado em 13 de abril.

Gabriel Firme afirmou que os símbolos representam os valores do Brasil como República.

— A bandeira simboliza o valor republicano dos estados e representatividade, o valor constitucional. O hino é como se fosse uma carta que descreve a história de como o país foi formado. O Brasão, composto por um ramo de café frutificado e outro de fumo florido, representava as famílias e as lavouras na época da proclamação — explicou o consultor.

Estudo dos símbolos

Projeto de lei (PL) 3.583/2020 apresentado pelo senador Chico Rodrigues (DEM-RR) estabelece a volta da disciplina Organização Social e Política Brasileira (OSPB) ao currículo escolar em pelo menos um ano no ensino médio. A disciplina OSPB foi incluída como componente curricular complementar do ensino médio em 1962 com objetivo de exaltar o nacionalismo e o civismo nos alunos. No entanto, em 1993 foi extinta por ser considerada doutrinária. 

O senador afirmou que a disciplina proporcionará aos estudantes a compreensão da realidade social e política do Brasil, preparando os jovens para o exercício da cidadania.

— Entendo a necessidade da dimensão que representa exatamente na formação dessa juventude, pra que olhe e acompanhe nos componentes obrigatórios expressos, exatamente aquilo que é fundamental para todo jovem: conhecer a sua história, conhecer os valores, conhecer os princípios que regem a República — ressaltou o senador em entrevista à Rádio Senado.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) é autor de outra proposta no mesmo sentido, o PL 2.170/2019, que inclui nos currículos do ensino fundamental, a partir do 6º ano, e do ensino médio, as disciplinas de empreendedorismo, matemática financeira, educação moral e cívica e Organização Social e Política do Brasil como temas transversais.

Para o senador, “o papel da escola precisa ser ressignificado”.  Segundo Flávio Bolsonaro, é necessário articular às novas demandas, por meio da adoção de práticas modernas de ensino e aprendizagem, e pela redefinição do rol dos conteúdos, componentes e temas a serem trabalhados no ambiente escolar.

“Educação Moral e Cívica são fundamentais para bom funcionamento de uma sociedade, estabelecendo aos jovens conceitos e valores da vida em sociedade, adequados ao ideal de segurança nacional. Além disso, promove o patriotismo e o amor à pátria. E a disciplina OSPB serve para apresentar aos jovens estudantes as instituições da sociedade brasileira, a organização do Estado, a Constituição, os processos democráticos, os direitos políticos e os deveres dos cidadãos”, justifica.

Fonte: Agência Senado

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

UMA HISTÓRIA DO ELETROMAGNETISMO COM EXERCÍCIOS COMENTADOS

Introdução

A palavra magnetismo tem sua origem na Grécia Antiga, porque foi em Magnésia, antiga cidade grega, que se observou um minério com a propriedade de atrair objetos de ferro. Tal minério ficou conhecido por magnetita.

Na verdade, hoje se sabe que eletricidade e magnetismo são aspectos do mesmo fenômeno, o eletromagnetismo. Uma característica importante os distingue: no magnetismo não existe conceito equivalente à carga elétrica, embora exista o conceito de polo magnético com propriedades parecidas às da carga elétrica; enquanto na eletricidade existem cargas elétricas opostas, positivas e negativas, e partículas elementares portadoras dessas cargas, no magnetismo não há polos magnéticos isolados nem partículas portadoras de polos magnéticos.

Isso se evidencia por um fenômeno simples: a divisão de qualquer ímã sempre dá origem a outros ímãs, por menor que eles sejam. Mas, da mesma forma que em torno de um corpo eletricamente carregado existe um campo elétrico, na região onde há um ímã há também um campo magnético. Por essa razão, o estudo dos ímãs é o ponto de partida do nosso estudo do eletromagnetismo.

Descoberta do magnetismo

Da mesma forma que os fenômenos elétricos resultantes da atração do âmbar, a atração magnética exercida pela magnetita sobre o ferro foi explicada pela primeira vez no século VI a.C. por Tales de Mileto. Como o âmbar, a magnetita também teria uma espécie de alma - podia comunicar sua vida ao ferro inerte, que, por sua vez, também adquiria um poder de atração.

Durante os séculos que se seguiram as explicações foram semelhantes. O magnetismo se devia a eflúvios, algo semelhante a um perfume que emanaria do ferro e da magnetita, fazendo com que eles se atraíssem. A própria palavra ímã surgiria mais tarde do termo francês aimant, que, sugestivamente, significa "amante".

Provavelmente os chineses conheciam o magnetismo há mais tempo do que os gregos. E, certamente, foram os primeiros a descobrir aplicações para esse fenômeno. No início da era cristã, adivinhos chineses já utilizavam a "colher que aponta para o sul". Era uma colher de magnetita, que, colocada em equilíbrio sobre um pino podia girar livremente na horizontal. 
Em qualquer situação, ela sempre apontava o seu cabo para o sul.

No século VI, os chineses já tinham tecnologia suficientemente avançada para a fabricação de ímãs. Usavam dois processos diferentes. Um muito simples e ainda hoje comum: esfregar um ímã numa agulha de ferro ou aço faz com que ela se torne também um ímã. Em outro processo, mais elaborado e hoje em dia em desuso, colocavam agulhas ou pedaços de ferro incandescentes na direção norte-sul do campo magnético terrestre. Ao esfriarem, esses corpos tornavam-se também ímãs. Com essas agulhas imantadas, eles construíam as suas bússolas. No início, essas bússolas serviam apenas para fazer mágicas ou para orientar a posição em que um edifício devia ser construído. Só a partir dos séculos X ou XI é que os chineses começaram a utilizá-las para a navegação.

Só no século XIII começaram a surgir observações mais acuradas sobre o magnetismo e a eletricidade. A primeira e mais importante na época foi a compreensão de que eram fenômenos de natureza diferente, o que prevaleceu até o século XIX.

Embora atrasados em relação aos chineses na utilização da bússola para a navegação, foram os europeus que realizaram o primeiro estudo experimental do magnetismo de natureza científica. Em 1269, Pierre de Maricourt, engenheiro militar francês, numa carta a um amigo, descreve a maioria das experiências elementares sobre magnetismo, que aparecem até hoje nos livros escolares de ciências. Foi ele quem denominou polo norte e polo sul as extremidades de um ímã, baseando-se na orientação natural da bússola. Observou, ainda, que a agulha da bússola não apontava exatamente para o norte geográfico da Terra. Maricourt fez outras descobertas importantes: se aproximarmos dois ímãs pelos seus polos de mesmo nome, eles se repelem;
• se os aproximarmos pelos polos opostos, eles se atraem;
•  um ímã partido mantém a polaridade do ímã original;
• cada divisão de um ímã dá origem a outros ímãs.

Só em 1600, mais de três séculos depois, o trabalho experimental de Maricourt foi retomado por Gilbert, que procurou refazer essas experiências e revisar as explicações de outros autores. Gilbert reuniu suas conclusões no livro De Magnete, um dos primeiros clássicos da literatura científica. Descobriu a imantação por indução - quando um pedaço de ferro, colocado perto de um ímã, também se imanta, mesmo sem encostar um no outro. Foi provavelmente o primeiro a sugerir que a Terra seria um grande ímã. Para ilustrar sua ideia, construiu um ímã em forma de esfera, denominado Terrella, que simulava a ação magnética da Terra. Colocando pequenas bússolas sobre essa esfera demonstrou e explicou a propriedade da bússola de apontar sempre para o norte geográfico.

Depois da publicação do De Magnete, pouco foi acrescentado ao estudo do magnetismo, até o início do século XIX. Havia indícios de que, mesmo vistos como fenômenos diferentes, a eletricidade e o magnetismo se relacionavam de alguma forma. A descoberta dessa relação, porém, só veio a ocorrer depois do aparecimento da pilha de Volta, que oferecia uma fonte mais duradoura de eletricidade, permitindo o aprofundamento do seu estudo. 

Observação: Monopolos magnéticos

As buscas de partículas portadoras de um único polo magnético, que chegaram a ser previstas teoricamente, tanto em laboratório, com a utilização de aceleradores de partículas, como em sedimentos retirados do fundo do mar ou de rochas lunares, foram até hoje infrutíferas.

Características dos ímãs

Ímãs são corpos de materiais ferromagnéticos com a propriedade de atrair outros materiais ferromagnéticos e de atrair ou repelir outros ímãs. 

Observação: As diferentes formas de magnetismo e o ponto de Curie

A rigor não existe material magnético. Existem materiais ferromagnéticos, paramagnéticos, diamagnéticos, antiferromagnéticos e ferrimagnéticos. Um material ferromagnético é o que, em geral, se costuma chamar de magnético. Corpos desses materiais são atraídos por ímãs feitos de ferro, níquel, cobalto e inúmeras ligas que os contém. Colocados sob a ação de um campo magnético externo, corpos desses materiais também tornam-se ímãs.
Há uma temperatura limite para que um material se mantenha ferromagnético - o ponto Curie, denominação dada Há uma temperatura limite para que um material se mantenha ferromagnético - o ponto Curie, denominação que homenageia Pierre Curie (1859-1906), físico francês que a descobriu. Acima dessa temperatura, todo material ferromagnético torna-se paramagnético. 
Corpos de materiais paramagnéticos também são atraídos por ímãs, embora muito fracamente. Além dos materiais ferromagnéticos, acima do ponto Curie, são exemplos de materiais paramagnéticos o paládio, a platina, o sódio, o potássio e algumas ligas de ferro. Corpos de materiais diamagnéticos são repelidos pelos ímãs, qualquer que seja o polo pelo qual são aproximados. É um efeito fraco, característico da prata e do bismuto, embora exista em toda espécie de matéria, de forma praticamente imperceptível. 
Um fenômeno conhecido como diamagnetismo perfeito, característico de alguns materiais supercondutores, faz com que pequenos ímãs flutuem sobre eles. O diamagnetismo perfeito do disco supercondutor resfriado com nitrogênio líquido faz o ímã, colocado acima dele flutuar. 
O antiferromagnetismo e o ferrimagnetismo são propriedades semelhantes entre si, de natureza mais complexa. São exemplos destes materiais o cromo, o manganês e, particularmente, a ferrita, substância constituída por materiais ferromagnéticos e diversos óxidos de níquel, de cobalto, de zinco, entre outros. 
Essa propriedade permite dar ao material formas de magnetização previamente projetadas para a constituição de componentes eletrônicos específicos.

Embora existam ímãs das mais diferentes formas, todos eles têm dois polos distintos bem localizados: o polo norte e o polo sul. E, como ocorre com as cargas elétricas, pólos de mesmo nome se repelem e polos opostos se atraem. Pode-se localizar os polos de um ímã colocando-o junto à limalha de ferro. Ela será atraída, concentrando-se nos polos, ou seja nos polos de um ímã a concentração de limalha de ferro é muito maior.

Não é apenas a forma geométrica de um ímã que define a localização dos seus polos: ela depende também da maneira como os ímãs adquirem o seu magnetismo. Mas os polos sempre se opõem entre si em relação a um plano ou a uma superfície de simetria.  

As linhas tracejadas indicam possíveis planos ou superfícies de simetria entre regiões de polos opostos de ímãs de diferentes formas. Em ímãs naturais, como as pedras de magnetita, a posição dos polos depende da orientação do campo magnético terrestre na ocasião em que esse mineral se solidificou. 

Em ímãs artificiais, a posição dos polos é determinada pelo processo de magnetização utilizado. Por exemplo: Esfrega-se um corpo num só sentido com um ímã por um de seus polos; Faz-se um corpo passar pelo interior de um campo magnético muito intenso gerado por um ímã; Coloca-se um corpo no interior de um campo magnético gerado por uma corrente elétrica; Esquenta-se um material ferromagnético acima do ponto de Curie e deixa-se esfriar observando que ao se esfriar ele volta a ser um material ferromagnético se alinhando com as linhas de campo do magnetismo terrestre, desde que não haja influência de nenhum dos três processos citados anteriormente (esse último é o mesmo processo que ocorreu com a magnetização naturais dos ímãs).

A denominação dos polos de um ímã, norte e sul, está ligada à bússola e aos polos geográficos terrestres. Se um ímã pode mover-se livremente, o polo que aponta no sentido do Polo Norte geográfico da Terra é o polo norte. O polo oposto é o sul. Não se deve confundir polos geográficos - extremidades do eixo de rotação da Terra - com os polos magnéticos terrestres.

Como não existem polos magnéticos isolados, quando um ímã se quebra ou é cortado, dá origem a novos ímãs, cuja polaridade depende da forma como se partiram. Ímãs partidos dão origem a novos ímãs, cujos polos vão depender da forma como a divisão foi feita. Note que os novos ímãs podem atrair-se ou repelir-se.