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quinta-feira, 29 de junho de 2017

100m metros rasos: Você escuta o tiro e larga após 8 centésimos de segundo. Você queimou a largada? Queimou sim, veja porquê.




Uma pessoa normal tem o tempo de reação (intervalo de tempo necessário entre o estímulo - sonoro, visual ou tátil - e o comando de reação, muscular, por exemplo) de 0,14s a 0,45s medidos em atletas em vários tipos de competições nas Olimpíadas.

É estabelecido para os 100m rasos que se você largar antes de decorridos 0,1s APÓS o tiro de largada, você adivinhou o momento de largada, pois não teve o tempo necessário para que seu corpo reagisse ao estímulo.

Isso gera alguma controvérsia, uma vez que estamos falando de atletas, mesmo assim, os melhores atletas não têm o tempo de resposta inferiores a 0,14s. E como são atletas muitos são configurados como "super-homens", nosso grande herói e piloto de fórmula um, Ayrton Senna, tinha uma tempo de reação que beirava aos incríveis, 0,09s, mas a média dele era em torno de 0,15s.


Portanto, estabelecido nas competições olímpicas, mesmo após o tiro de largada se você sair com 0,08s, ou seja, 8 centésimos de segundos, você queimou a largada, pois saiu com um tempo considerado impossível pelo ser humano ter esse tempo de reação.
Foi o que aconteceu com o jamaicano Usain Bolt, que largou 8 centésimos de segundo após o tiro e consequentemente queimou a largada.


Forte abraço,
                                                     Sergio Torres

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domingo, 25 de junho de 2017

FORÇA CENTRÍFUGA: EXISTE, É FICTÍCIA OU É INERCIAL?




Com certeza ela não forma par ação e reação com a força centrípeta pois agem no mesmo corpo e o corpo não faria a curva, pois a soma das forças que agem nele tem que ser diferente de zero.

Essa "força centrífuga" só aparece em referenciais não inerciais, pois estamos tomando como princípio que seu sistema de referência é o carro que você está dentro e este está sujeito à força centrípeta, consequentemente à aceleração centrípeta.

Para quem está do lado de fora, observa que os pneus com o atrito com o chão dão a força centrípeta necessária para que você faça a curva e o par ação e reação é: o pneu puxa o chão e o chão puxa o pneu.

Mas, o observador externo, também verifica que os passageiros estão submetidos a uma força normal (lateral do carro) que os empurra de forma centrípeta para que façam a curva.

A pergunta é, quem é a força de reação à normal centrípeta?
Se não existisse o corpo dentro do carro, esse teria menor inércia e faria a curva com mais facilidade.

Já que a força centrífuga não pode fazer par ação e reação com os passageiros, pois além de atuarem no mesmo corpo seriam de mesma intensidade e sentido contrário e os passageiros iriam por inércia em frente, O que danado é a força centrífuga?

Em vários livros e na internet você encontra definições diferentes, desde não existir, a ser uma força fictícia pois não existe uma causa, até a existir em referenciais não inerciais.

No livro de Alberto Gaspar volume 1 ele afirma que:

Portanto, quando a Terra puxa a Lua e a Lua puxa a Terra, esta força é gravitacional e a força centrípeta que faz com que a Lua faça a curva.

Porém, ao girar um balde cheio de água praticamente na horizontal amarrado com uma corda, vemos que a tração é a força centrípeta que faz o balde girar, mas não podemos ignorar o fato que a água não cai e por que a água não cai?

No sistema não inercial, do ponto de vista da água, ela está parada pois está em equilíbrio com a força centrífuga e a normal, ou seja, a água está parada, do ponto de vista dela, dentro do balde.

Em resumo, não podemos examinar a força do ponto de vista de dois referenciais diferentes, um inercial e outro não inercial e classificar de ação e reação ou qualquer outra coisa.

A força centrífuga tem a melhor definição do meu ponto de vista como uma força inercial, como a que provoca o efeito Coriolis que causa tornados nos hemisférios norte e sul e também são corrigidos por aviões que saem do equador rumo ao norte, por exemplo, pois caso contrário eles, como tem a tendência de se manter em rotação com a Terra não teriam uma trajetória perpendicular à linha do equador.

Portanto, ao invés da força centrífuga ser chamada de força fictícia, o melhor é chamá-la de força inercial e a tratarmos quando estamos em referenciais não inerciais.


Forte abraço,
                                                     Sergio Torres

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