Nos últimos dias, a leitora Gabriele Yalmanian Correa nos enviou uma mensagem pela nossa fanpage no Facebook com a seguinte pergunta: é verdade que um asteroide vai colidir com a Terra em 2019? Não sabemos onde Gabriele ouviu o rumor, mas se a história chegou até ela, pode muito bem ter chegado a outros leitores. Então resolvemos publicar aqui a investigação que fizemos para a resposta à Gabriele.
Ela provavelmente está se referindo ao asteroide NT7, descoberto em 2002. Na época, houve muito alarme sobre a possibilidade de colisão em 2019, porque esse foi o primeiro asteroide descoberto pela NASA que trazia riscos concretos de um impacto com a Terra. A notícia foi bastante divulgada, assustou muita gente e, como era de se esperar, gerou uma grande onda de rumores sobre o apocalipse. Mas alguns dias depois do anúncio, a própria NASA descartou qualquer possibilidade de choque.
Podemos ficar aliviados - desta pedra estamos a salvo. Mas os asteroides representam, sim, um risco enorme para a Terra e para a humanidade. Por existirem aos montes no Sistema Solar, nós ainda não conseguimos mapear as órbitas da maior parte deles. Os gigantes são mais fáceis de serem localizados: nós conhecemos mais de 96% dos cerca de mil que têm um quilômetro de diâmetro ou mais. O mesmo não pode ser dito dos asteroides com diâmetro a partir de 140 metros, que já fariam um grande estrago. Estimativas sugerem que eles sejam 25 vezes mais numerosos, e uma das metas atuais é fazer com que o número destes objetos conhecidos chegue a 90% ou mais.
Nada impede que algum deles se choque contra o nosso planeta, eventos que já aconteceram diversas vezes no passado, como o episódio que levou à extinção dos dinossauros. Para evitar uma catástrofe do gênero e nos dar tempo de agir caso alguma ameaça seja confirmada, diversos programas estão sendo desenvolvidos. Um deles é oNear Earth Object Program, da NASA, que inclusive estimula astrônomos amadores a descobrirem novos asteroides. Quanto mais gente colaborar com a busca, melhor.
Mas e se eventualmente acontecer de nós não conseguirmos evitar uma colisão? No caso do NT7, que tem 2 quilômetros de diâmetro, o estrago seria enorme, mas provavelmente sobreviveríamos. Recentemente, nós divulgamos o que aconteceria se um asteroide de 500 quilômetros colidisse com a Terra.
O asteróide, que tem 2 km de diâmetro, foi descoberto em 9 de julho.
Inicialmente, cientistas acharam que havia uma pequena possibilidade de ele colidir com a Terra em 2019.
As últimas observações, porém, concluíram que o asteróide vai passar ao largo do planeta nessa data.
Risco futuro
“Nós podemos desconsiderar qualquer possibilidade de choque em 1° de fevereiro de 2019”, disse Don Yeomans, da Nasa – a agência espacial americana.
Por enquanto os cientistas ainda não podem descartam a hipótese de o 2002 NT7 entrar em rota de colisão com a Terra no futuro.
“Ainda não podem descartar completamente o risco de um choque em 2060, mas aparentemente essa hipótese também será eliminada em breve”, disse Yeomans.
Analistas esperam que em algumas semanas novas observações permitão que se tenha uma idéia melhor sobre a trajetória do asteróide no futuro.
Não há observações anteriores 2002 NT7 no passado, pois o asteróide costuma viajar por regiões do espaço que não são freqüentemente monitoradas.
"Sensacionalismo"
Na opinião de Benny Peiser, da Universidade John Moore de Liverpool, na Inglaterra, não há motivo para celebração.
“Seria prudente avisar que futuras observações podem resultar em novas datas de colisão”, disse Moore.
O interesse mundial no asteróide 2002 NT7 provocou polêmica entre os astrônomos.
Muitos deles estão insatisfeitos com o que consideram reportagens alarmistas na imprensa e dizem que a política oficial de divulgação de informações do tipo deve ser revista.
Nos últimos dias, a leitora Gabriele Yalmanian Correa nos enviou uma mensagem pela nossa fanpage no Facebook com a seguinte pergunta: é verdade que um asteroide vai colidir com a Terra em 2019? Não sabemos onde Gabriele ouviu o rumor, mas se a história chegou até ela, pode muito bem ter chegado a outros leitores. Então resolvemos publicar aqui a investigação que fizemos para a resposta à Gabriele.
Ela provavelmente está se referindo ao asteroide NT7, descoberto em 2002. Na época, houve muito alarme sobre a possibilidade de colisão em 2019, porque esse foi o primeiro asteroide descoberto pela NASA que trazia riscos concretos de um impacto com a Terra. A notícia foi bastante divulgada, assustou muita gente e, como era de se esperar, gerou uma grande onda de rumores sobre o apocalipse. Mas alguns dias depois do anúncio, a própria NASA descartou qualquer possibilidade de choque.
Podemos ficar aliviados - desta pedra estamos a salvo. Mas os asteroides representam, sim, um risco enorme para a Terra e para a humanidade. Por existirem aos montes no Sistema Solar, nós ainda não conseguimos mapear as órbitas da maior parte deles. Os gigantes são mais fáceis de serem localizados: nós conhecemos mais de 96% dos cerca de mil que têm um quilômetro de diâmetro ou mais. O mesmo não pode ser dito dos asteroides com diâmetro a partir de 140 metros, que já fariam um grande estrago. Estimativas sugerem que eles sejam 25 vezes mais numerosos, e uma das metas atuais é fazer com que o número destes objetos conhecidos chegue a 90% ou mais.
Prof. Sérgio Torres
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Prof. Sérgio Torres