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domingo, 3 de agosto de 2014

INÉRCIA




Inércia, na linguagem cotidiana, significa falta de ação, de atividade, indolência, preguiça ou coisa semelhante. Por essa razão, costuma-se associar inércia a repouso, o que não corresponde exatamente ao sentido que a física dá ao termo. O significado físico de inércia é mais abrangente: inércia é "ficar como está", ou em repouso ou em movimento. Como a propriedade do corpo de "ficar como está" depende da sua massa, a inércia pode ser entendida como sinônimo de massa.
 
De Aristóteles a Descartes: o princípio da inércia

Segundo Aristóteles, não há movimento sem força. Essa ideia sempre foi bem aceita porque concorda com a nossa observação cotidiana - se o motor do carro morre numa estrada horizontal, ele para. Para Aristóteles, o movimento pode ser natural quando o corpo busca o seu lugar natural, o que explica a queda dos corpos no ar e a subida de bolhas de ar na água. Quando o corpo se afasta de seu lugar natural, incluindo aí o deslocamento horizontal, o movimento é violento, e deve haver alguma causa que o provoque. Só os corpos celestes podem se mover sem causa, com velocidade constante em trajetórias perfeitamente circulares.

Quando não há causa aparente para manter o movimento, Aristóteles propõe engenhosas explicações. Uma flecha, por exemplo, mantém o seu movimento mesmo depois que abandona o arco porque desloca e divide o ar à sua frente; o ar então volta, empurrando a flecha por trás. A resistência do ar, no entanto, acaba prevalecendo e a flecha cai. 

Essa foi uma das ideias da teoria de Aristóteles menos aceitas, objeto de inúmeras contestações ao longo do tempo. No século XIV, o padre Jean Buridan, cientista francês, propõe uma explicação alternativa e mais convincente para o movimento da flecha, introduzindo o conceito de ímpeto. 0 arco transfere à flecha um determinado ímpeto, cuja intensidade depende do peso e da velocidade da flecha. Ela se mantém em movimento até que todo o ímpeto seja consumido pela resistência do ar. Caso contrário, a flecha se manteria indefinidamente em movimento.

Mais tarde Galileu, na sua obra Diálogos sobre os dois principais sistemas do mundo, publicado em 1632, apresenta argumentos que levam à formulação da Lei da Inércia. Galileu afirma com toda a clareza que, na ausência de forças, um corpo em movimento deve se manter indefinidamente em movimento.

Alguns anos depois, René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático francês, contemporâneo de Galileu, generalizou o princípio da inércia para todos os corpos, inclusive os corpos celestiais.

Descartes percebeu ainda que a trajetória retilínea é também uma consequência da ausência de forças - um corpo só pode ter movimento circular, por exemplo, se alguma força orientada para o centro da circunferência atua sobre ele. É de Descartes o enunciado mais conhecido do princípio da inércia: "Um corpo livre de influências externas move-se com velocidade constante em linha reta".·.
Newton introduziu às suas três leis básicas da mecânica o princípio da inércia definindo como a tendência de um corpo sujeito a ação de força resultante igual a zero, permanecer parado ou em movimento retilíneo uniforme.






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Forte abraço,

Prof. Sérgio Torres

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Prof. Sérgio Torres