Inércia, na linguagem
cotidiana, significa falta de ação, de atividade, indolência, preguiça ou coisa
semelhante. Por essa razão, costuma-se associar inércia a repouso, o que não
corresponde exatamente ao sentido que a física dá ao termo. O significado
físico de inércia é mais abrangente: inércia é "ficar como está", ou
em repouso ou em movimento. Como a propriedade do corpo de "ficar como
está" depende da sua massa, a inércia pode ser entendida como sinônimo de
massa.
De Aristóteles a
Descartes: o princípio da inércia
Segundo Aristóteles,
não há movimento sem força. Essa ideia sempre foi bem aceita porque concorda
com a nossa observação cotidiana - se o motor do carro morre numa estrada
horizontal, ele para. Para Aristóteles, o movimento pode ser natural quando o
corpo busca o seu lugar natural, o que explica a queda dos corpos no ar e a
subida de bolhas de ar na água. Quando o corpo se afasta de seu lugar natural,
incluindo aí o deslocamento horizontal, o movimento é violento, e deve haver
alguma causa que o provoque. Só os corpos celestes podem se mover sem causa,
com velocidade constante em trajetórias perfeitamente circulares.
Quando não há causa
aparente para manter o movimento, Aristóteles propõe engenhosas explicações.
Uma flecha, por exemplo, mantém o seu movimento mesmo depois que abandona o
arco porque desloca e divide o ar à sua frente; o ar então volta, empurrando a
flecha por trás. A resistência do ar, no entanto, acaba prevalecendo e a flecha
cai.
Essa foi uma das ideias
da teoria de Aristóteles menos aceitas, objeto de inúmeras contestações ao
longo do tempo. No século XIV, o padre Jean Buridan, cientista francês, propõe uma
explicação alternativa e mais convincente para o movimento da flecha,
introduzindo o conceito de ímpeto. 0 arco transfere à flecha um determinado
ímpeto, cuja intensidade depende do peso e da velocidade da flecha. Ela se
mantém em movimento até que todo o ímpeto seja consumido pela resistência do
ar. Caso contrário, a flecha se manteria indefinidamente em movimento.
Mais tarde Galileu, na
sua obra Diálogos sobre os dois principais sistemas do mundo, publicado em
1632, apresenta argumentos que levam à formulação da Lei da Inércia. Galileu
afirma com toda a clareza que, na ausência de forças, um corpo em movimento
deve se manter indefinidamente em movimento.
Alguns anos depois,
René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático francês, contemporâneo de
Galileu, generalizou o princípio da inércia para todos os corpos, inclusive os
corpos celestiais.
Descartes percebeu
ainda que a trajetória retilínea é também uma consequência da ausência de
forças - um corpo só pode ter movimento circular, por exemplo, se alguma força
orientada para o centro da circunferência atua sobre ele. É de Descartes o
enunciado mais conhecido do princípio da inércia: "Um corpo livre de
influências externas move-se com velocidade constante em linha reta".·.
Newton introduziu às
suas três leis básicas da mecânica o princípio da inércia definindo como a
tendência de um corpo sujeito a ação de força resultante igual a zero,
permanecer parado ou em movimento retilíneo uniforme.
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Prof. Sérgio Torres