A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) escolheu o local para a primeira tentativa de pouso de uma sonda espacial em um cometa. A sonda Rosetta vai enviar o robô Philae à superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko no dia 11 de novembro. Das cinco opções para pouso identificadas pela equipe, foram selecionadas duas — uma principal e um “plano B”. A opção principal fica na “cabeça”, isto é, a parte menor do cometa, que parece ser composto por dois corpos interligados. O formato irregular do corpo celeste é um dos fatores que diminui as chances de sucesso da missão. O local escolhido para o pouso é repleto de declives e irregularidades, com grandes rochas espalhadas pela superfície – e a segunda opção é ainda pior.
Por que Rosetta?
A sonda foi batizada em homenagem à Pedra de Roseta, uma rocha vulcânica descoberta por soldados franceses em 1799, no Egito. Ela ajudou a desvendar o Egito Antigo para os exploradores, por possuir escritos em hieróglifos – linguagem egípcia escrita, que até então era desconhecida – e sua tradução em grego. A comparação entre os escritos permitiu que os pesquisadores decifrassem os códigos da civilização egípcia – assim como os cientistas esperam que a sonda Rosetta desvende as peças mais antigas do Sistema Solar, os cometas.Caso as próximas observações revelem novas ameaças no local escolhido para o pouso, a equipe vai mudar para a segunda opção. Nesse caso, a operação será atrasada em até 28 dias. O ideal é que o pouso ocorra na primeira quinzena de novembro, quando o cometa se aproxima do Sol e se torna mais ativo. Ele já começou a liberar gás e poeira, vindo principalmente da região que une as duas partes. Com o aumento da atividade, elas podem vir a se separar.
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Prof. Sérgio Torres