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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

HÁ 60 ANOS O SUICÍDIO DE GETÚLIO VARGAS CHOCAVA O PAÍS




Revolucionário, ditador, populista, nacionalista, pai dos pobres, são adjetivos usados para o gaúcho Getúlio Vargas, principal estadista brasileiro do século XX. Getúlio Dornelles Vargas chefiou a República em três governos. O último deles, o único em que foi eleito pelo voto popular, terminou tragicamente com seu suicídio, na madrugada de 24 de agosto de 1954, com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro.
Getúlio Vargas comandou o país durante mais de 18 anos, em dois períodos históricos marcados por profundas transformações políticas e econômicas, nos cenários nacional e internacional, que deram a forma ao mundo de hoje.
 
Revolução de 1930

Getúlio Vargas era líder do governo gaúcho quando comandou a Revolução de 1930. Esta pôs fim à República Velha, dominada por oligarquias rurais e regionais. Em seu primeiro ano no Governo Provisório, Vargas suspendeu o pagamento da dívida externa e anunciou a intenção de criar as indústrias de base, ambas formas de tentar superar no Brasil as consequências da crise mundial deflagrada com a Quebra da Bolsa de Nova York e a Crise do Café, em 1929, acelerar a industrialização do país e diminuir a dependência de importações. Em 1932, instituiu o voto secreto e o direito das mulheres de votar e serem votadas, e decretou as primeiras leis trabalhistas. Ao presidir o chamado Governo Provisório (1930-1934), ele enfrenta a Revolução Constitucionalista de São Paulo de 1932. Após convocar uma Assembleia Constituinte e promulgar a Constituição em 1934, Vargas preside o Governo Constitucional (1934-1937).
 
Estado Novo (1937-1945)

 Em 1937, sob o pretexto de impedir uma suposta conspiração golpista feita por comunistas, em nome da segurança nacional, Vargas dá um golpe e implanta o Estado Novo: suspende as eleições previstas, fecha o Congresso, proíbe os partidos políticos, outorga uma nova Constituição e implanta a ditadura.
Nesse período, Vargas se aproxima do fascismo, do ditador italiano Benito Mussolini: instaura a censura nas artes, imprensa e rádio, persegue e prende opositores sem julgamento. Inspirado no fascismo, cria uma legislação sindical que atrela e subordina os sindicatos ao Estado. Nesse contexto, cria a Justiça do Trabalho (1939) e incorpora à legislação vários direitos trabalhistas, como o salário mínimo, a carteira profissional e as férias remuneradas. Para acelerar a industrialização, funda as companhias Vale do Rio Doce (mineração) e Siderúrgica Nacional (ferro e aço), a Fábrica Nacional de Motores (aviação e transporte) e constrói a hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Cria também o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Durante o Estado Novo, ocorre a II Guerra Mundial (1939-1945). Após uma aproximação com os Países do Eixo (a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini e o Japão de Hiroito), Vargas recua e se curva à pressão crescente dos Estados Unidos, a grande potência continental. Em 1942, entra na II Guerra Mundial junto aos Países Aliados (Reino Unido, Estados Unidos, França e União Soviética). Pouco depois do fim da guerra, Vargas renuncia. Os partidos são legalizados e há eleições para presidente e para uma Assembleia Nacional Constituinte.
 
O último governo (1951-1954)

Ao final do Estado Novo, duas grandes tendências políticas sobressaem no país: a tendência mais nacionalista, apoiada por empresários e dirigentes favorecidos na ditadura, apoia Getúlio e defende uma certa autonomia frente ao capital externo; uma tendência oposicionista, mais conservadora e ligada aos representantes de oligarquias regionais da República Velha e caciques políticos preteridos no Estado Novo. Estes defendem maior abertura a empresas estrangeiras e menos políticas trabalhistas e assistencialistas.
São criados 12 partidos, três dos quais dominarão a política brasileira até o golpe militar de 1964. Do lado nacionalista, Vargas conta com o partido que nasce com seu apoio, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e o Partido Social Democrático (PSD). Do lado oposto, a União Democrática Nacional (UDN) será a grande força de oposição. Na eleição de 1945, o PSD getulista elege presidente o general Eurico Gaspar Dutra. Na eleição de 1950, Getúlio é eleito presidente numa coligação liderada pelo PTB e PSD.
O mandato final de Vargas é marcado pela continuidade de seu projeto nacionalista. No período, há o crescimento do movimento sindical, com a convocação de duas greves nacionais, o aumento de 100% no salário mínimo, a restrição à remessa de lucros das multinacionais, a estatização do petróleo e a criação da Petrobras e da Eletrobras. Em meio à forte campanha da oposição, o chefe da segurança de Vargas é apontado como mentor de um atentado contra o oposicionista Carlos Lacerda, no qual morre um major. Os militares exigem a renúncia de Vargas, que, sob extrema pressão, se suicida com um tiro no palácio presidencial em 24 de agosto de 1954. Meses depois, Juscelino Kubitschek é eleito presidente, e adota uma política econômica mais aberta ao capital externo.

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Prof. Sérgio Torres