Físico francês
O médico Jean Bernard Léon Foucault cedo abandonou sua profissão, devido à sua profunda aversão pelo sangue. Ao se tornar amigo de Armand Fizeau, que se dedicava à Física, passou a se interessar por essa área do conhecimento, dedicando-se a ela pelo resto da vida.
Fizeau havia conseguido medir a velocidade da luz, obtendo um valor apenas 5% maior que o atualmente conhecido. Seu processo consistia em fazer a luz passar entre as fendas de um disco dentado que girava velozmente. Um espelho situado a 8 km de distância refletia esses pulsos de luz de volta ao disco. Adequando a velocidade desse disco, conseguia-se fazer a luz refletida penetrar pela fenda seguinte àquela por onde saíra. Considerando o tempo de deslocamento dessas duas fendas e a distância total percorrida pela luz, pôde-se determinar a velocidade desta.
Foucault aperfeiçoaria o processo de medição, obtendo um resultado ainda mais exato. Em outras experiências, demonstrou que a luz é menos veloz na água do que no ar. Tal resultado dava apoio à teoria ondulatória da luz, que predizia esse comportamento. (A contenda sobre a natureza da luz, porém, não se encerraria ainda no século XIX.)
Um dos experimentos mais famosos de Foucault, no entanto, é admirável até hoje por sua simplicidade: ele demonstrou experimentalmente que a Terra gira!
Evidentemente, isso já não era posto em dúvida desde Galileu, mas tal movimento havia sido apenas deduzido, não demonstrado. Sabia-se, na época, que um pêndulo tende sempre a se deslocar ao longo de um mesmo plano, ainda que giremos ou desloquemos seu ponto de apoio. Foucault imaginou então construir um enorme pêndulo pendurando uma bola de ferro de grande massa num fio bastante longo (para que o movimento periódico prosseguisse por muitas horas). Na parte inferior da bola haveria uma ponta que desenharia um pequeno traço sobre uma camada de areia colocada no piso. A medida que a Terra fosse girando embaixo do pêndulo, a orientação desses sulcos iria se alterando (pois o plano que os contém permanece fixo). Os cálculos teóricos prediziam qual seria exatamente o desenho resultante.
Nas duas primeiras tentativas, os resultados não foram muito conclusivos, devido à pouca altura dos pêndulos e a interferências. Ao fim da terceira, porém, realizada no interior de uma igreja alta de Paris, o resultado não deixava margem a discussões: a Terra girava, de fato, ao redor de si mesma. Os sulcos resultantes eram exatamente os previstos pelos cálculos. Isso finalmente confirmava a opinião de Heráclides, de 2000 anos antes, na Grécia, e que só seria retomada por Copérnico no início do século XVI.
Prof. Sérgio Torres
Dicas de Física e Super Interessantes
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