Louison Mbombo, aluno de 22 anos do quinto período de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está participando da competição 2017 Youth Citizen Entrepreneurship Competition, da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O projeto de Mbombo é a ONG Solidariedade na Mokili, fundada por ele. A entidade conta com ajuda de profissionais como médicos e advogados em seu país de origem e se mantém por meio de doadores de recursos.
O intuito da organização é ajudar crianças com malária na região mais pobre da República Democrática do Congo, a cidade de Gungu, a 500 km da capital Kinshasa. “Todo dia 400 crianças morrem por malária, afirma a OMS [Organização Mundial da Saúde]”, enfatiza Mbombo. Seu objetivo é reduzir em 70% o índice de mortalidade infantil por malária no local em dois anos.
Segundo ele, o problema não está apenas no alto índice de mortalidade, mas nas outras consequências também. “Se [a pessoa] não morrer, ela pode sofrer problemas cerebrais, o que causará danos no sistema nervoso central”, afirma. Além disso, ele faz questão de ressaltar que a doença afeta os bancos de sangue do país, já que quem tem ou teve malária não pode ser doador.
A competição da Unesco tem o intuito de mobilizar jovens entre 15 e 35 anos a submeter projetos inovadores que se relacionem com as 17 metas do desenvolvimento sustentável da ONU. O projeto de Mmombo se enquadra na categoria “Bem-estar para todos de todas as idades”.
Após votação para selecionar as dez melhores ideias — você pode votar no site do prêmio —, que fica aberta até 31 de agosto, o júri especializado escolherá três projetos para serem premiados em Berlim.
Para Mbombo, entretanto, a vitória não é o foco. “Quando elaboramos o projeto não sabíamos que podia haver uma competição. Ganhando ou não, vamos continuar, pois nosso objetivo é criar um impacto rápido de bem-estar para a população vulnerável. Queremos prevenir e tratar a malária, pois muitas crianças estão perdendo a vida”, diz.
O estudante nasceu no Congo e mudou-se para o Brasil há quatro anos, devido à instabilidade política do país, mas nunca esquece o lugar em que cresceu. “Saí do Congo de corpo. Toda a minha mente e toda a minha alma ainda estão lá.”
Via Galileu
ERRATA: Até as 11h40 de 28/6/2017, a reportagem dizia erroneamente que a capital do país é Brazavile, que, na verdade, é capital da República do Congo. A capital da República Democrática do Congo é Kinshasa.
Forte abraço,
Prof. Sérgio Torres
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Prof. Sérgio Torres