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domingo, 16 de novembro de 2014

Teoria dos Jogos



A teoria dos jogos é aplicada na análise de situações em que cada parte (ou jogador) tem de definir sua estratégia de acordo com as decisões tomadas pela outra parte ou por outro jogador. A teoria foi desenvolvida por dois matemáticos da Universidade de Princeton, nos EUA – John von Neumann e Oskar Morgenstern – e apresentada em livro em 1944. Ela descreve as várias possíveis decisões e os resultados esperados de cada uma, em situações cujos resultados não dependem somente de sorte ou azar, mas também das atitudes de todos os jogadores. Encontra aplicação em diversas áreas, como para entender o comportamento de animais na luta pela sobrevivência ou para estimar o poder do voto de determinado grupo. Mas a principal aplicação ocorre na economia, seja para determinar o comportamento de investidores e concorrentes, seja para delinear o impacto de políticas públicas.



A teoria dos jogos mostra que, em algumas situações, todos ganham se souberem cooperar. Imagine vários fazendeiros dividindo o mesmo pasto para seus rebanhos. Se cada um colocar o maior número possível de cabeças de gado ali, o pasto será destruído e os animais morrerão de fome. Então, se a estratégia dos jogadores for essa, eles cairão no que a teoria chama de “tragédia dos comuns”. A teoria dos jogos sugere que a maneira de evitar isso é dividir o pasto entre os fazendeiros, de modo que cada um tenha uma área definida para suas vacas, e não apenas colha os benefícios mas também arque com os custos de sua preservação. Foi esse o jogo que se deu no Brasil no episódio da crise energética de 2001. Ameaçando com sobretaxas e racionamento, o governo transferiu para cada cidadão a responsabilidade por evitar o apagão. O governo usou a solução clássica para evitar a “tragédia dos comuns” e, com isso, deixou claro a cada indivíduo que era de seu interesse pessoal colaborar com o grupo.


A teoria dos jogos fala ainda dos jogos de soma zero. É quando a vitória de um jogador implica na derrota de outro. Em jogos de soma zero, não há possibilidade de colaboração entre os participantes. Essa área foi a mais explorada por Von Neumann, que percebeu que a dissimulação é um recurso racional em jogos de soma zero. Por exemplo, num pênalti em jogo de futebol: o batedor tem interesse em que o goleiro pense que ele vai chutar num canto para, então, chutar no outro.




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Forte abraço,

Prof. Sérgio Torres

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