Galáxias são sistemas compostos por estrelas, restos delas, poeira, gás e matéria escura, material que não emite luz e compõe 27% do universo.
O Telescópio Hubble capta imagens incríveis dessas formações. É de deixar qualquer um inspirado e curioso com as maravilhas e surpresas espalhadas pelo universo. Separamos alguns desses registros para você se maravilhar. Confira:
A colisão de duas galáxias gerou a galáxia elíptica NGC 3597
Considerada irregular, a galáxia anã UGC 4459 fica na constelação da Ursa Maior, a cerca de 11 milhões de anos-luz da Terra
A colisão de dois agrupamentos de galáxias na constelação de Eridanus, a 4,3 bilhões de anos-luz da Terra, gerou o incrível objeto MACS J0416.1-2403
A 11 milhões de anos-luz, na constelação Camelopardalis, se esconde a galáxia NGC 1569, que produz mais estrelas (e mais rápido) do que a maioria das galáxias
Localizada no norte da constelação de Cassiopeia, a galáxia NGC 278 está a 38 milhões de anos-luz da Terra
Esta é a galáxia NGC 1222. Acredita-se que ela tenha "engolido" duas galáxias anãs
O que acontece quando duas galáxias colidem? Elas se unem e se transformam em um só objeto celestial, como o IRAS 14348-1447, que fica a mais de um bilhão de anos-luz de distância da Terra
Considerada como espiral, a galáxia NGC 7640 fica na constelação Andrômeda
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Localizada na constelação de Virgem, a 50 milhões de anos-luz da Terra, a galáxia NGC 4536 é favorável para o nascimento de muitas estrelas
Este é o Abell 370, um aglomerado de galáxias que fica a quatro bilhões de anos-luz da Terra. Ele é composto por todos os tipos de galáxias — as mais brilhantes são elípticas com milhares de bilhões de estrelas
A galáxia 2XMM J143450.5+033843 fica a 400 milhões anos-luz da Terra
Tipos de galáxias
Existem três tipos de galáxias: espirais, elípticas e irregulares. As espirais são as mais comuns no universo e consistem de discos de estrelas e nebulosas rodeadas por matéria escura. A Via Láctea, por exemplo, é uma galáxia espiral.
As elípticas são encontradas em agrupamentos de galáxias e em grupos menores. A maioria delas é composta por estrelas velhas e com raras formações de novas estrelas. Acredita-se que esse tipo de galáxia tenha entre milhões e trilhões de estrelas.
As irregulares têm um formato que faz jus ao seu nome. No geral, são galáxias que não têm estrutura para serem classificadas como espirais ou elípticas, então caem neste terceiro grupo.
Fotografar um planeta ao redor de uma estrela distante é como tentar enxergar um vagalume voando ao redor de um holofote. “É impossível de se fazer logo de cara, mas se você usar imagens digitais, um dispositivo para bloquear a luz da estrela e algoritmos sofisticados, consegue achar o vagalume”, explica Michael Meyer, professor de Astronomia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Nos últimos três anos, Meyer colaborou com o estudo SHINE, que culminou na descoberta do mais recente exoplaneta detectado por imageamento direto — método que consiste em tirar fotos de mundos a trilhões e trilhões de quilômetros da Terra.
Usando o instrumento SPHERE acoplado ao Very Large Telescope (VLT), operado no Chile pelo observatório ESO, uma equipe internacional de astrônomos descobriu ao redor de uma estrela a 385 anos-luz um planeta como Júpiter, só que uma vez e meia maior e pelo menos seis vezes mais massivo.
Os resultados foram publicados no início do mês no periódico Astronomy and Astrophysics e descrevem o gigante gasoso, que orbita a estrela HIP65426 a uma distância equivalente a 18 vezes a de Júpiter até o Sol. Os pesquisadores encontraram evidências da existência de nuvens e também de água na atmosfera do exoplaneta.
O processo de descoberta do HIP65426b levou um ano, até que não restasse dúvida de que era de fato um planeta, e não uma estrela distante que tenha aparecido de penetra.
Por terem meros dez ou 20 milhões de anos de vida, a estrela e seu planeta podem ser considerados novinhos em comparação ao Sol e sua trupe, que têm 4,5 bilhões de anos. É por este motivo que o Júpiter grandão ainda é muito mais quente do que o nosso vizinho, já que o calor proveniente de sua formação ainda foi pouco dissipado.
Formação que, inclusive, parece ter sido bastante caótica — a composição do exoplaneta indica que ele se formou perto da estrela-mãe, junto de um acompanhante. Mas a dinâmica orbital daquele sistema solar acabou arremessando o acompanhante para o espaço interestelar, e o gigante para bem longe da estrela.
“Faz apenas alguns anos que conseguimos analisar planetas a dezenas de unidades astronômicas [distância Terra-Sol] de suas estrelas”, disse Meyer. Isso só é possível graças à construção de telescópios cada vez maiores, cuja próxima geração (os ELTs) começará a funcionar nos próximos anos.
As duas principais técnicas para caçar mundos distantes, o trânsito planetário e a velocidade radial, são melhores para encontrar planetas mais internos — por isso são complementares ao imageamento.
“Será preciso combinar resultados de todas as técnicas para responder por completo certas questões”, disse Meyer à GALILEU. Conversamos com o professor sobre a pesquisa e as perspectivas futuras para a técnica do imageamento direto de exoplanetas.
Este planeta é pelo menos seis vezes mais massivo que Júpiter e fica 18 vezes mais distante da estrela. Além da evidência de água e nuvens, o que mais o seu time descobriu sobre suas propriedades? Não sabemos muito mais do que isso. Temos planos de observações futuras com o telescópio espacial James Webb para obter maior qualidade no espectro infravermelho. Eles contêm assinaturas das atmosferas dos planetas que ajudam a estimar abundâncias das moléculas. Queremos medir a proporção entre elementos pesados e hidrogênio e hélio. Isso nos ajuda a entender se o corpo se formou pelo modelo de acreção do núcleo, que cremos ter originado os planetas gigantes do Sistema Solar, ou por processos similares aos que formam estrelas binárias. Se os planetas têm mais elementos pesados do que a estrela (como Júpiter), argumentamos que se formaram perto dela e foram ejetados.
Como exatamente a descoberta deste novo planeta contribui para expandir o conhecimento sobre a formação de planetas e a evolução de sistemas planetários? Temos só um punhado de sistemas imageados diretamente como este, ainda há muito o que aprender sobre o que é exceção e o que é comum. Outras técnicas são melhores em achar planetas próximos da estrela. Para um entendimento completo, temos de conhecer a frequência dos planetas em função do tamanho, massa, composição e raio orbital. Quão comuns são sistemas com um planeta como a Terra na mesma separação entre a Terra e o Sol? Quão comuns são sistemas com um planeta como Júpiter à mesma distância de cinco vezes a da Terra ao Sol? Quão comuns são sistemas com ambos padrões? Será preciso combinar resultados de todas as técnicas para responder por completo essas questões.
A detecção foi feita através de imageamento direto, mas a principal técnica disponível hoje continua sendo os trânsitos planetários. Quais são os prós e contras de cada uma? Trânsitos são melhores em detectar planetas orbitando mais internamente, por isso a probabilidade da sombra passar em frente à estrela é maior. Imageamento direto é complementar em estudar planetas a separações muito grandes. Se juntamos resultados de todas as técnicas, o todo de nosso entendimento fica maior do que a soma das partes.
O que podemos esperar para o futuro do imageamento direto de exoplanetas quando a próxima geração de telescópios extremamente grandes (ELTs, na sigla em inglês) estiverem operando a todo vapor? Tem sido difícil imagear diretamente porque gigantes gasosos grandes em separações grandes (além da órbita de Netuno e Urano) são raros. A próxima geração de ELTs (o European Extremely Large Telescope, o Giant Magellan Telescope e o Thirty Meter Telescope) nos permitirão alcançar nas estrelas mais próximas a faixa de três vezes a separação Terra-Sol.Também poderemos imagear os mesmos planetas descobertos através da velocidade radial ou outros métodos e cruzar resultados. Por isso, os ELTs devem revolucionar a nossa compreensão sobre a formação e evolução de sistemas planetários.
Esse método vai nos permitir buscar sinais de vida em planetas distantes? Seremos até mesmo capazes de detectar planetas com o tamanho da Terra em emissão infravermelha térmica ao redor das dezenas de estrelas mais próximas. E, se conseguirmos resolução suficiente, obteremos as distribuições de energia desses planetas, assim como os espectros. Se pudermos detectar esses mesmos planetas tanto na luz estelar refletida quanto na emissão térmica, poderemos estudar se exibem sinais de efeito estufa, o que seria uma revolução para entender o clima em outros mundos. É possível que possamos até mesmo procurar por sinais de desequilíbrio químico. E então os cientistas debaterão se a evidência pode ser interpretada como sinal de vida em planetas distantes.
OGoogle estreou outro mecanismo para os fãs de astronomia: o Google Street View da Estação Espacial Internacional (ISS). Isso mesmo. Agora você pode ver como a ISS é por dentro e qual a visão que os astronautas têm da Terra.
O mecanismo permite visualizar não apenas as janelas da Estação Espacial, mas também os cômodos. O site ainda conta com informações adicionais (em inglês) sobre o funcionamento de cada parte da ISS, além de curiosidades como o que os astronautas comem e como se exercitam.
Thomas Pesquet, engenheiro de voo da Agência Espacial Europeia foi responsável por capturar as imagens durante os seis meses em que viveu no espaço. Para ver as imagens, clique aqui.
Tinha tudo para ser só mais um dia de pescaria para a comunidade de Barobo, no extremo oeste de Filipinas, não fosse a descoberta de um barco à deriva, a cerca de 65 quilômetros da costa filipina.
Ao constatarem o que havia no iate abandonado, os pescadores ficaram chocados: inclinado sobre uma mesa, em direção a um rádio, havia o corpo de um homem mumificado.
A polícia foi acionada e, depois de entrar em contato com guardas costeiras de diversos países da Ásia e da Europa, constatou-se que o homem mumificado era Manfred Fritz Bajorat, um aventureiro alemão. O último contato do homem com um centro de comando de navegações foi feito em 2009, no litoral de Mallorca, na Espanha. O último local onde Bajorat fez contato e o lugar onde o barco à deriva foi encontrado são separados por cerca de 12 mil quilômetros.
Ao jornal alemão Bild, um legista afirmou que, de acordo com a posição do corpo, Bajorat estava provavelmente pedindo ajuda via rádio, depois de ter sofrido um ataque repentino, como uma parada cardíaca, por exemplo. Ainda de acordo com ele, os ventos secos e salgados do alto mar ajudaram a conservar o corpo.