Cientistas estariam
próximos de desenvolver
um antídoto para cocaína
Cientistas da Universidade de Copenhagen estão mais próximos de desenvolver um antídoto para a cocaína. Isso porque eles passaram a compreender melhor como um transportador de dopamina age - e como ele pode ser útil no desenvolvimento de um tratamento contra o vício na droga.
De acordo com o estudo, publicado no Journal of Biological Chemestry, a dopamina é um neurotransmissor que age dando ao nosso cérebro a sensação de recompensa e motivação. Logo, está intimamente envolvida com a criação de um vício.
Os cientistas descobriram que o transportador da dopamina funciona como um aspirador molecular, removendo a dopamina liberada no organismo e controlando a quantidade da substância. Quando alguém usa cocaína, esse mecanismo para de funcionar - ou seja, a dopamina continua ativa no corpo, produzindo a sensação de prazer e alimentando o vício.
Pesquisadores notaram, então, que dois aminoácidos presentes nas proteínas da dopamina impedem essa interação. Ou seja, poderiam impedir que os efeitos viciantes da cocaína se manifestassem no organismo. Quando os aminoácidos foram ativados em ratos, a cocaína e outras drogas estimulantes não tiveram um efeito tão estimulante.
Se for possível entender melhor esse mecanismo e reproduzir os efeitos em humanos, a ciência estará a caminho de desenvolver um antídoto para o vício em cocaína.
Via EurekaAlert
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Exploradora de cometas
Está na hora de celebrar, e muito, o sucesso da missão da Agência Espacial Europeia (ESA) que pousou uma sonda do tamanho de uma geladeira num cometa viajando a 135 mil quilômetros por hora, após uma viagem de dez anos que cobriu mais de 6 bilhões de quilômetros. Esse foi o primeiro pouso de um artefato humano num cometa, um feito que cativou o mundo e entrou para a história da exploração do espaço.
A missão teve momentos dramáticos, que deixaram milhões de pessoas com o coração na mão. A sonda Philae não conseguiu pousar no cometa na primeira tentativa, pois seus arpões de contato não dispararam. Rebateu na superfície, atingindo uma altitude de 700 metros, para então retornar, rebater de novo e, só na terceira tentativa, pousar, meio torta, à sombra de uma colina. Com apenas quatro quilômetros de extensão, o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko tem uma gravidade minúscula. Um chutinho de nada lançaria uma bola no espaço.
O pouso na sombra tornou-se um novo drama. Sem a luz do sol para carregar suas baterias, a sonda teria apenas algumas horas para realizar os testes planejados para os vários instrumentos científicos que leva a bordo. E pior: sem carga, a Philae não poderia se comunicar com a nave-mãe, em órbita em torno do cometa. Em poucas horas, seria apenas um monte de equipamentos abandonados na frigidez do espaço.
Como o herói que luta até o fim (e, quem sabe, poderá ainda acordar, caso o sol atinja suas antenas), a Philae completou quase todos os testes programados. Enquanto os dados são analisados pelos cientistas, vale contemplar o que essa missão extraordinária conseguiu. Após dez anos de viagem, a sonda alcançou seu objetivo de pousar num cometa e realizar testes científicos em condições extremamente adversas. O triunfo ilustra o melhor que a ciência moderna tem a oferecer: a precisão dos cálculos e da programação dos computadores; a robótica de ponta e a tecnologia de navegação espacial; o conhecimento que temos das leis dinâmicas que regem os movimentos dos vários corpos celestes no sistema solar. Tudo isso vem do trabalho de milhares de homens e mulheres que há quatro séculos dedicam a vida ao estudo da natureza.
Se os dinossauros foram extintos pelo impacto de um asteroide há 65 milhões de anos, hoje temos como nos defender. O que filmes como Armageddon pintaram como ficção é uma realidade: podemos pousar num cometa em rota de colisão com a Terra e, se for preciso, desviá-lo ou explodi-lo.
A motivação da missão, claro, não é nos defender de cometas, e sim estudar sua composição e propriedades. Cometas são restos da formação do sistema solar, testemunhas do que ocorreu quando o sol e a Terra se formaram, 4,6 bilhões de anos atrás. Ao estudar suas propriedades, poderemos compreender melhor nossas origens e nossa história. A água que temos na Terra veio, em grande parte, de cometas. Possivelmente, as moléculas orgânicas que semearam a vida aqui também. Carregamos poeira de cometas nos ossos e no sangue. E, agora, podemos ir ao espaço e coletar amostras dos materiais originais, fechando o ciclo da nossa história. É nesses momentos que a ciência se torna mágica.
* Professor de física e astronomia do Dartmouth College, nos EUA. É vencedor de dois prêmios Jabuti, e seu mais novo livro chama-se Criação Imperfeita
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(Reuters) - Uma cápsula SpaceX Dragon terminou uma viagem de dois dias à Estação Espacial Internacional na segunda-feira, a primeira carga USA a chegar ao posto orbital em quatro meses, uma transmissão de TV NASA mostrou.
Os astronautas que trabalham no interior da estação usaram um guindaste robótico para tirar a cápsula da órbita às 05:54 EST, quando as naves espaciais tinham viajado 422 km sobre o Mar Mediterrâneo.
"Estamos animados para tê-lo a bordo", o comandante da estação Butch Wilmore pelo rádio para o Controle da Missão em Houston.
Dragon se tornou o primeiro navio de carga dos EUA a chegar à estação depois de um acidente de lançamento em outubro, na qual perdeu uma cápsula Orbital Sciences Corp Cygnus.
Orbital e SpaceX têm contratos da NASA no valor de um combinado de 3,5 bilhão de dólares para missões na estação de reabastecimento.
A propriedade privada e Space Exploration Technologies, nome oficial da empresa, tinham planejado a missão da Orbital em dezembro, mas adiou o lançamento para rever um problema potencial com o seu foguete Falcon 9.
A empresa vai tentar o pouso no oceano novamente em sua próxima missão, prevista para a decolagem da Flórida em 29 de janeiro.
A cápsula Dragon é carregado com mais de 2.313 kg de alimentos, roupas, equipamentos e experimentos científicos para a estação de tripulação de seis membros. A carga inclui um instrumento que vai medir nuvens e aerossóis na atmosfera da Terra.
Os astronautas que trabalham no interior da estação usaram um guindaste robótico para tirar a cápsula da órbita às 05:54 EST, quando as naves espaciais tinham viajado 422 km sobre o Mar Mediterrâneo.
"Estamos animados para tê-lo a bordo", o comandante da estação Butch Wilmore pelo rádio para o Controle da Missão em Houston.
Dragon se tornou o primeiro navio de carga dos EUA a chegar à estação depois de um acidente de lançamento em outubro, na qual perdeu uma cápsula Orbital Sciences Corp Cygnus.
Orbital e SpaceX têm contratos da NASA no valor de um combinado de 3,5 bilhão de dólares para missões na estação de reabastecimento.
A propriedade privada e Space Exploration Technologies, nome oficial da empresa, tinham planejado a missão da Orbital em dezembro, mas adiou o lançamento para rever um problema potencial com o seu foguete Falcon 9.
A empresa vai tentar o pouso no oceano novamente em sua próxima missão, prevista para a decolagem da Flórida em 29 de janeiro.
A cápsula Dragon é carregado com mais de 2.313 kg de alimentos, roupas, equipamentos e experimentos científicos para a estação de tripulação de seis membros. A carga inclui um instrumento que vai medir nuvens e aerossóis na atmosfera da Terra.
A cápsula permanecerá atracada à estação por cerca de quatro semanas antes de voar de volta para a Terra.
(Reportagem de Lisa Von Ahn)
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Prof. Sérgio Torres