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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Como a Antártida quer trazer mais turistas - sem arriscar seu ecossistema

Eram dez horas de uma manhã gelada no aeroporto de Punta Arenas, extremo sul do Chile, quando a voz do piloto irrompeu enérgica pelos alto falantes do avião: “Vocês estão prontos para a Antártida?”, indagou, cheio de animação. É o tipo de frase que não se ouve todo dia. Depois de duas horas de voo, pousamos na base chilena da ilha Rei George, que fica num arquipélago localizado a 100 quilômetros do continente antártico. Ao caminhar em meio àquela imensidão branca e gelada, repleta de pinguins e leões-marinhos, é impossível não se perguntar: nossa presença em um lugar tão selvagem e isolado não traz riscos ao ecossistema local?
“A grande razão de a Antártida ter se preservado virgem e intocada é a dificuldade de chegar aqui”, diz Alejo Contreras, explorador que já esteve 14 vezes no Polo Sul. O isolamento geográfico torna o lugar particularmente vulnerável à introdução de espécies não nativas, que podem causar desequilíbrios ambientais. Nesse aspecto, as atividades turísticas são uma ameaça, porque os organismos invasores podem ser transportados nas embarcações ou mesmo nas roupas dos visitantes. A Associação Internacional de Operadores Turísticos da Antártida (Iaato, na sigla em inglês) contabiliza 200 dessas espécies vivendo em ilhas subantárticas como a Rei George, sendo a grande maioria plantas e invertebrados. Foi para tornar o turismo antártico mais seguro e sustentável que a organização foi criada, em 1991. Desde então, a quantidade de turistas aumentou quase seis vezes (veja abaixo).
 (Foto: Revista Galileu)
Recentemente a associação aprovou medidas preventivas, como a que impede a navegação de embarcações que usem óleo grosso, muito mais difícil de ser removido no caso de um vazamento. Além disso, navios com mais de 500 passageiros são impedidos de aportar, e, mesmo quando o desembarque é permitido, só podem descer 100 visitantes por vez.
O navegador e escritor Amyr Klink já esteve lá mais de 40 vezes. Para ele, o trabalho da associação chega a ser mais sustentável do que as operações militares e até do que as pesquisas científicas. “O produto mais importante da Antártida é essa consciência de respeito ao planeta, e lá você faz uma imersão violenta nisso.”
*O repórter viajou à convite da Halls Brasil
Forte abraço,
Prof. Sérgio Torres
Dicas de Física e Super Interessantes

                                                     Sergio Torres

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Prof. Sérgio Torres