Conheça os objetos curiosos que mandamos para o espaço
Os óculos de realidade virtual da Microsoft não chegaram ao espaço, mas já conseguimos enviar para lá lagartixas e até cinzas humanas. Confira outras coisas interessantes que integraram experiências espaciais
No último domingo (28), dois HoloLens, os óculos de realidade virtual da Microsoft, explodiram junto com o foguete da empresa Space X. Além de suprimentos para os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS), as naves e foguetes costumam levar objetos e aparelhos tecnológicos para experimentos que possam melhorar tanto a vida no espaço quanto na Terra. O HoloLens seria testado como forma de incrementar a comunicação entre os astronautas e a Nasa.
Mas, além desses objetos úteis, os cientistas também costumam enviar coisas menos "práticas", como cinzas humanas, e até um sabre de luz do estilo Star Wars. Confira uma seleção de artefatos inusitados que enviamos para o cosmo:
O boneco Buzz Lightyear
O personagem do filme “Toy Story”, da Disney, visitou o espaço. Em 2008, a Nasa e a Disney se juntaram e enviaram uma réplica do guardião da galáxia para propósitos educativos. Buzz Lightyear, que ganhou esse nome em homenagem a um dos mais renomados astronautas da história, estrelou diversos vídeos feitos pelos astronautas sobre a rotina espacial e retornou em setembro de 2009.
Xícaras e cafeteira
Em novembro de 2014, a Nasa mandou para a estação espacial uma máquina de fazer café, a ISSpresso. O dispositivo pesa 20 quilos e pode fazer chás, cafés e outras bebidas. Primeiro chegou a máquina e, em seguida, as xícaras especiais, em maio deste ano. Feitas com impressoras 3D, elas substituíram os saquinhos e canudinhos usados antes por lá para as bebidas. Pode não parecer, mas a criação da máquina e das xícaras demandou muita pesquisa científica. Além de oferecer mais conforto aos astronautas, os objetos participam de experimentos que analisam as propriedades físicas de fluidos na presença da microgravidade.
Lagartixas
Um satélite russo enviou para o espaço cinco lagatixas em julho de 2014. O objetivo era monitorar por vídeo os efeitos da microgravidade sobre o organismo e o comportamento sexual das lagartixas - quatro fêmeas e um macho. Outros experimentos biológicos também foram feitos, entre eles pesquisas com cogumelos e drosófilas (espécie de pequenas moscas). No meio da missão, o satélite perdeu o contato com a terra e os animais ficaram à deriva. No retorno, em setembro, nenhuma das lagartixas sobreviveu.
Formigas
Cerca de 600 formigas chegaram em janeiro de 2014 à ISS, durante uma missão de reabastecimento da nave. Os cientistas pretendiam analisar o comportamento dos insetos na microgravidade.
Sabre de Luz de Luke Skywalker
Os fãs da saga "Star Wars" viram a ficção encontrar a realidade quando a arma de Luke, personagem da série, foi enviada ao espaço no ônibus Discovery, em outubro de 2007. O sabre mandado foi o original, utilizado nas gravações, em comemoração aos 30 anos do lançamento do primeiro filme da série. Para a missão a espada foi "escoltada" por Chewbacca - o carismático (e peludo) guerreiro alien da série - até um aeroporto da Califórnia.
Legos educativos
Em agosto de 2011, a Nasa enviou sua nave Juno para rondar Júpiter por um ano. Nela foram colocadas três peças da Lego: um do deus romano Júpiter; outro de sua esposa Juno; e, por último, um do astrônomo Galileu Galilei (que aparece à esquerda na foto), segurando um telescópio e um planeta Júpiter em miniatura. A iniciativa foi uma parceria da Lego com a Nasa para inspirar crianças a estudar áreas de ciência e a tecnologia.
Cinzas humanos
A primeira vez que restos humanos chegaram ao espaço foi em 1992, quando as cinzas do criador da série de TV Star Trek, Gene Roddenberry, foram levadas na missão STS-52. Após isso, em 1997, outra viagem foi realizada com mais cinzas de Roddenberry, e de outros 23 mortos.
Tacos e bolas de golfe
Allan Shepard, astronauta da missão Apollo 14, que pousou na Lua, levou consigo um taco de golfe e algumas bolas para jogar. Ao final de seu spacewalk na Lua, Shepard avisou o controle que estava com o taco e fez uma "tacada espacial": com uma mão só (o traje não permite juntar as mãos) acertou a bolinha e a viu viajar por quilômetros. Quando voltou para a Terra, o astronauta doou o taco para a Associação de Golfe dos Estados Unidos e uma réplica para o Museu Nacional Air & Space.
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Prof. Sérgio Torres