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sábado, 11 de fevereiro de 2017

PROFESSORES COM 4.192 CONTRATOS ENCERRADOS E 3.000 CONCURSADOS NÃO CHAMADOS, BUSCAM ALTERNATIVAS PARA EDUCAÇÃO EM PERNAMBUCO




Iniciaram-se as aulas, sem professores em sala. 

O concurso que levou todo o ano passado e foi homologado no último dia do ano de 2016, foi anunciado pelo secretário de educação que haveria o "chamamento" dos concursados para assumir me fevereiro.

Enquanto isso, aulas estão sendo dadas com agrupamento de turmas, inclusive com diferentes séries numa mesma sala, para que os professores possam cumprir seu papel de educar, informar e formar cidadãos aptos a enfrentar não só os grandes vestibulares e Enem, como a vida.

O mais curioso é que mesmo dentro de todas as adversidades encontradas pelos professores da rede pública de Pernambuco, esse profissionais encontram saídas para educar os seus alunos.

Uma das propostas levantadas junto ao corpo discente é o trabalho junto com o Espaço Ciência em projetos como o Torneio de Feira de Ciências Virtual  entre outros.

Ou seja, o professor não está mais ligado apenas no âmbito de sala de aula, ele como sempre, por amor à profissão e por amor à pátria e principalmente por responsabilidade social, encontra meios de atingir seus alunos, incentivá-los e como sempre está disposto a dar o sangue e pagar de seu próprio bolso, materiais como papel e aceso à internet feito de casa.

Num país onde o governo parece não ligar, ou pelo menos não consegue ligar, para os estudantes o quanto deveria, onde os alunos não têm maturidade para brigar por seus direitos, onde os pais querem apenas que seus filhos passem mesmo que sem conteúdo, é com grande satisfação que vejo a diretoria da escola estadual realmente empenhada em dar o melhor, com profissionais muito competentes que vão além de seu dever cívico e laboratorial, encontrando soluções dentro das condições adversas, com a qual se compararmos a qualquer outro país com educação razoável e com respeito mínimo ao cidadão (pais, alunos e sociedade em geral) seriam condições totalmente impensáveis e inexequíveis quanto às tarefas e cargas que colocam sobre os ombros do corpo docente e discente, neste ano que se inicia.

Não quero julgar se o governo ou responsáveis têm recursos ou não, se possuem formas de resolver o problema da educação ou não, se são organizados ou não, se apenas são políticos ou não.

O fato é que falamos de alunos, falamos não apenas de seres humanos, falamos do nosso futuro, falamos da próxima geração, falamos dos próximos políticos, falamos dos próximos médicos, engenheiros, administradores. Enfim, falamos dos que vão estar aqui quando nós com certeza não vamos mais.

Educação não é brincadeira. Lógico que não se têm retorno em 4 ou 5 anos de mandato. É um investimento para os filhos e netos, que não vão precisar sofrer as consequências da falta de investimento em infra-estrutura, em educação propriamente dita, no respeito ao cidadão, no orgulho de uma grande nação e no fato ser brasileiro.

Hoje colhemos o fruto dos desmandos de 20 anos atrás e se retrocedermos 20 anos colhemos os frutos dos desmandos de 40 anos atrás. Quando é que vamos saber que todos nós: políticos, pais, mestres, alunos e todas as outras categorias de profissões, desde jogadores de futebol a grandes empresários, não necessitamos educar apenas alguns e sim todos? Quando vamos entender que com isso todos saem ganhando? Que teremos menos violência, teremos um país mais rico e mais equilibrado, não só do ponto de vista econômico, mas do ponto de vista de qualidade de vida para todos seus habitantes?

Os professores têm dado seu sangue por muito tempo e se alguém está preocupado que os professores vão parar de dar o sangue, estão enganados. É da natureza do professor dar muito mais que recebe, mas a sociedade e nosso aluno merecem muito mais. 

Com mais respeito, com mais acesso à educação e com tratamento digno de seres humanos, em apenas uma geração, políticos não vão ter mais medo de sair às ruas, seremos todos ricos, somos uma nação rica, Temos que acreditar no Brasil, de ter orgulho de sermos brasileiros e ao invés de pensarmos em 4 anos, precisamos pensar em 20 anos. Num instante passa, todos nós que temos mais de 40 sabemos, então porque não deixar sua marca em sua administração algo que valha à pena viver, conviver e ter seus netos orgulhosos e não envergonhados com seu legado. Não apenas dinheiro eles precisam, eles já têm, eles precisam de orgulho de seu pai e seus netos precisam de orgulho de seu avô.

Portanto, conclamo todos os pais, todos os profissionais, todos os políticos, todos que amam nosso país que acreditem nele, que se necessário façam "lobbies" para o benefício da nação.

Talvez, seja pedir muito para quem está acostumado a enxergar 4 anos ao invés de 20 mas, você vai querer ver, precisar ver, vai se orgulhar de fazer diferença.

Tenha orgulho de ser pai, tenha orgulho de ser político, assim como nós professores temos orgulho de sermos professores e de nunca desistir.

Forte abraço,

Sérgio Torres













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Prof. Sérgio Torres