Graças a Einstein, os cientistas têm uma ideia do que podem ver nas imagens, mas as informações podem mudar a física como a conhecemos
A forma como entendemos osburacos negros está prestes a mudar graças a um novo telescópio que deve começar a funcionar entre os dias 5 e 14 de abril. Trata-se do Event Horizon Telescope (EHT) — o nome faz referência ao “horizonte de evento”, que equivale à borda do buraco negro, de onde nada escapa.
O dispositivo é um dos melhores exemplos de que a união faz a força, já que ele consiste em uma rede de radiotelescópios que estão distribuídos em vários pontos da Terra. A ideia é que todos estes aparelhos se combinem produzindo a resolução necessária para observar o buraco negro.
Sim, os cientistas querem fazer imagens dos buracos negros. E o primeiro alvo será Sagittarius A, o monstro gigante que fica no centro da nossa Via Láctea, a aproximadamente 26 mil anos luz de distância.
Ninguém nunca avistou Sagittarius, mas, baseando-se em observações indiretas, os cientistas estimam que toda galáxia possui um buraco negro supermassivo em seu centro. Vale lembrar que quanto mais pesado é um corpo, mais ele curva o espaço-tempoao seu redor, atraindo objetos próximos para si — imagine uma bola de boliche sendo colocada em uma cama elástica. Isso também é conhecido como gravidade. No caso dos buracos negros, é como uma pegada: você não vê quem a deixou, mas sabe que ela foi causada por alguma coisa.
Observando as estrelas que orbitam o buraco, os pesquisadores estimam que ele seja 4 milhões de vezes mais pesado do que o nosso Sol, e que tenha um horizonte de evento com um diâmetro de 20 milhões de quilômetros.
Graças a Einstein, os cientistas têm uma ideia do que podem ver nas imagens. As equações preveem um anel brilhante em torno de uma forma escura. Partículas de gás e poeira aceleradas em alta velocidade e caindo no buraco produziriam a luz.
Mas é possível que os astrônomos vejam algo a mais? Definitivamente sim. As imagens são esperadas com ansiedade justamente porque podem causar uma comoção no meio da física.
“Como já disse, nunca é uma boa ideia ser contra as ideias de Einstein, mas, se virmos algo muito diferente do que esperamos, vamos ter que rever a teoria da gravidade”, disse à BBC o diretor do projeto Sheperd Doeleman, do Centro para Astrofísica de Harvard-Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts.
Os pesquisadores esperam que as primeiras imagens cheguem até o fim do ano, ou início de 2018.
Prof. Sérgio Torres
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