Aproximação da nova catástrofe é conclusão de série de estudos da Universidade americana. Homem pode ser vítima do processo
A Terra pode estar à beira da sexta extinção em massa dos animais - a última foi há 65 milhões de anos, quando os dinossauros foram varridos do planeta, provavelmente pela queda de um meteoro gigantesco. A aproximação da nova catástrofe é conclusão de uma série de estudos de cientistas ligados à Universidade de Stanford, na Califórnia. Sua previsão é que ela ocorra num curtíssimo espaço de tempo, correspondente a três gerações. Desta vez, porém, a destruição não virá do espaço, mas da ação dos seres humanos. Entre os crimes contra o ambiente estão a caça e a pesca predatórias, a destruição e ocupação indiscriminada das florestas e o avanço de espécies invasivas em habitats que não são as delas. Figuram também as toxinas que alteram e envenenam os ecossistemas e as emissões de dióxido de carbono que mudam o clima e intensificam a acidez dos oceanos.
Baseados em fósseis e outros estudos, os cientistas calculam que - numa estimativa conservadora - as extinções estão ocorrendo a um ritmo 100 vezes mais rápido do que as extinções anteriores. Para se ter uma ideia, entre 1600 e 1700 foram extintas 22 espécies de animais. Entre 1900 e 2010 esse número subiu para 477. Não fosse a ação do bicho homem, no mesmo período ocorreriam apenas nove. Há vítimas entre todos os tipos de animais que vivem no planeta, dos rinocerontes aos peixes, dos tigres às tartarugas.
O mais grave é que os próprios humanos podem estar entre as espécies que desaparecerão. Isso porque a biodiversidade tem papel fundamental para a sobrevivência do homo sapiens, incluindo a manutenção da qualidade do ar na atmosfera, a purificação das águas e a polinização das lavouras pelos insetos. O cientista mexicano Gerardo Caballos, que participa do estudo, faz uma comparação: "Nosso ambiente é como um muro de tijolos. Podemos tirar vários tijolos que o muro continuará de pé, mas chegará um momento em que a retirada de um único tijolo o fará desmoronar".
Tartaruga-verde ('Chelonia mydas')
Essa tartaruga, que chega a ter 1,5 metro de comprimento, vive nas zonas costeiras do Brasil, do Rio de Janeiro até as praias da região Nordeste. A espécie está na lista de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) desde 1996 e, no Brasil, entrou para o relatório do Ministério do Meio-Ambiente em 2003. Ela habita o Nordete do Brasil e, no arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, há apenas 17 fêmeas e os estudos indicam uma diminuição de 48% a 67% no número de fêmeas que se reproduzem nos últimos anos. Os principais riscos à espécie são, além da caça, a captura acidental dos ovos em redes de pesca e a poluição dos mares, que impede sua reprodução. No Brasil, o Tamar, projeto de conservação internacionalmente reconhecido, têm contribuído para a manutenção da espécie.
Boto-cor-de-rosa ('Inia geoffrensis')
Maior golfinho de água doce do mundo, com o macho que pode medir até 2,5 metros de comprimento, o boto-cor-de-rosa era abundante nos rios da Bacia Amazônica. Sua população começou a diminuir nos anos 1990 por causa da mortalidade acidental, decorrente da pesca e da poluição dos rios. Nos anos 2000, começou a ser caçado para servir de isca ao peixe piracatinga, muito apreciado na região, e a população tende a diminuir ainda por causa das secas e da construção de hidrelétricas no Amazonas, que afetam o habitat do animal e reduzem sua alimentação. Estima-se que sua população pode diminuir em 50% nos próximos 30 anos, o que levou à classificação de espécie em perigo na lista do Ministério do Meio Ambiente.
Lobo-guará ('Chrysocyon brachyurus')
A população desse lobo, que habita o cerrado brasileiro, tem diminuído desde a década de 1980, devido ao desmatamento da região central e sul do Brasil. De acordo com os pesquisadores, nos próximos 21 anos, a espécie deve diminuir quase 30%. O lobo-guará tem longas pernas, orelhas grandes e pelagem avermelhada e chega a ter pouco mais de 1 metro de comprimento, fora a cauda que tem entre 38 e 50 centímetros. É classificado como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) desde 1982 e está na lista de espécies em perigo para o Ministério do Meio Ambiente.
Ararinha-azul ('Cyanopsitta spixii')
A história da ararinha-azul no Brasil é trágica. Conhecidas há 150 anos, existiam apenas três exemplares em 1986 – que não se reproduziram. Desde outubro de 2000, ninguém mais encontrou nenhuma ararinha-azul na natureza, apesar de terem sido percorridos mais de 55.000 quilômetros desde 1990 em busca dos pássaros. O que provavelmente levou à extinção da ave de pouco mais de 55 centímetros de comprimento e plumagem em vários tons de azul foi o tráfico de animais e a degradação de seu ambiente, no sertão da Bahia e Pernambuco. É considerada extinta na natureza pelo Ministério do Meio Ambiente e a IUCN.
Tatu-bola ('Tolypeutes tricinctus')
Mascote da Copa deste ano no Brasil, o tatu-bola foi classificado como espécie em perigo em 1994 pela IUCN. É animal nativo do Norte e Nordeste brasileiro. Devido à caça e à diminuição de 45% da caatinga entre os anos de 1965 e 1985, sua população caiu pela metade. A principal característica desse bicho, que gosta de cavar buracos e tem um tamanho médio de 36 centímetros de comprimento, é se enrolar completamente dentro da carapaça e virar uma bola para fugir dos predadores.
Forte abraço,
Prof. Sérgio Torres
Dicas de Física e Super Interessantes
Sergio Torres
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