Nicolau Copérnico (1473-1543), astrônomo polonês, estudou matemática, direito e medicina na Polônia e na Itália. Seu trabalho em astronomia se baseava mais na pesquisa teórica e nas informações obtidas da literatura do que na sua própria observação dos astros. Dessa forma, demonstrou que o modelo planetário proposto por Ptolomeu poderia ser muito simplificado com a colocação do Sol, em vez da Terra, no centro do universo.
A Terra e os demais planetas descreviam órbitas perfeitamente circulares em torno do Sol. O movimento das estrelas, à noite, e do Sol, durante o dia, é aparente. Na realidade, é a Terra, como também os demais planetas, que gira em torno de si mesma, num movimento de rotação. Embora essas ideias tivessem aparecido inicialmente num manuscrito de 1514, ele as desenvolveu durante anos até completá-las em 1530, no livro De revolutionibus orbium coelestium (Das revoluções dos mundos celestes). Talvez por temer represálias da Igreja católica, abalada na época pela Reforma Protestante, Copérnico retardou a sua publicação, que só veio a acontecer no ano da sua morte.
A Igreja, tanto católica como protestante, rejeitava as ideias de Copérnico porque alguns trechos da Bíblia, como, por exemplo, Josué 10:13, dão a entender que a Terra é o centro do universo e que todos os astros giram em torno dela. Mas não foram apenas religiosos os argumentos contrários a essas ideias.
Muitos astrônomos da época discordavam de Copérnico. Um dos argumentos para essa discordância afirmava que, se a Terra se movesse em torno do Sol, a posição das estrelas durante o ano deveria sofrer um deslocamento lateral, conhecido como paralaxe, o que ainda não era observado, com os instrumentos da época. Copérnico argumentava corretamente que esse deslocamento era muito pequeno para ser percebido, pois as estrelas estavam muito distantes da Terra.
Apesar da oposição religiosa e científica, as ideias de Copérnico foram se consolidando com o apoio e a contribuição de outros cientistas, particularmente Galileu, Kepler e Newton. A primeira medida da paralaxe de uma estrela foi feita em 1835 pelo astrônomo alemão Friedrich Bessel (1784-1846). Nesse mesmo ano, a Igreja Católica revogou a proibição da leitura da obra de Copérnico, decretada em 1616.
Forte abraço,
Prof. Sérgio Torres
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