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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

A Máquina do Tempo


Um sonho que a maioria das pessoas tem. Ou pelo menos já considerou esta hipótese quimérica.

Como um nerd de carteirinha, lógico que vou considerar primeiro os erros e paradoxos encontrados em todos os filmes de ficção deste gênero. Depois, vou construir uma história verdadeira de viagem no tempo, sem brincadeira nenhuma, de verdade e na vida "real" como a conhecemos.

A primeira "detonação" é o fato de que a Terra tem uma velocidade de 100.000km/h de translação em torno do Sol, de 2.000km/h de rotação, junto com uma velocidade orbital do Sol na Via Láctea de 251km/s que se move na direção e sentido da constelação de Hidra com uma velocidade de 550km/s. Portanto, a tão sonhada "máquina do tempo" que "move-se" apenas no tempo e não no espaço. Implica que você ao viajar no tempo nunca chegará no mesmo local de onde saiu, ou seja chegará no local onde a Terra estava (passado) ou estaria (futuro). Por exemplo, se você viajar um ano para o passado irá chegar no local onde a Terra estava naquele instante, ou seja, (considerando apenas a velocidade da Via Láctea - a mais alta) a uma distância  de 18 bilhões de quilômetros da Terra. Então, mesmo se você viajar numa velocidade altíssima como 600km/s em direção à Terra, levará 11 anos para chegar, ou seja, chegará 10 anos após o ano que você voltar atrás.

A segunda "detonação" é que você não pode mudar nada no passado, portanto nem as moléculas do ar que você pretende ocupar ao chegar poderão sair do lugar, sem contar que a água, por exemplo, vira "cimento", uma vez que você não pode alterar uma gota, isto porque criaria imediatamente um paradoxo que pode ser comparado ao caso de voltar no tempo para matar a si próprio.

A terceira "detonação" vem de um contra-argumento de todos aqueles que afirmam que se você foi um idiota a vida toda e só agora percebeu, volta para um passado alternativo, ou seja, um tipo de universo paralelo onde não existiria paradoxo pois você deixaria de existir neste universo para existir em outro universo. Porém, no máximo você poderia encontrar uma versão mais jovem de você mesmo e  mudá-lo. Mas, isto não mudaria o fato de você continuar sendo um idiota querendo convencer uma versão alternativa sua para se salvar enquanto você continua envelhecendo, e aqui pra nós, esta versão alternativa não é você. Então, você estaria fazendo papel de idiota, "mais uma vez..."

Viajar no tempo nos dá uma sensação que teremos uma segunda chance e poderíamos corrigir os erros do passado, o que não pode ser verdade, pois se você corrigi-los não terá motivos no presente para voltar ao passado, isto é um paradoxo muito comum neste tipo de viagem.

Porém, existe uma maneira de viajar no tempo e você já está nela. No qual você é imortal, pois sua versão "criança" não existe mais, já morreu, você não encontra ela por aí e sua versão no futuro, mesmo que próximo, ainda não existe. Serve um pouco de consolo para nossa condição humana que sabemos que iremos deixar de existir no futuro, mas além de nem existirmos mais no passado, nem estamos no futuro, não faria nenhum sentido viver para sempre.

Viver seu tempo é uma arte. Muitos não querem envelhecer pois não sabem a beleza que é envelhecer. Muitos querem deixar logo de ser crianças e não aproveitam uma fase mágica e pueril, muitos querem que a adolescência  passe rapidamente para ser adulto e muitos adultos esperam que a aposentadoria chegue logo para aproveitar a vida. Ora, se você não aproveitou a vida durante sua caminhada não é em um momento instantâneo e particular que vai aproveitá-la pois este momento instantâneo simplesmente não existe, o que existe é a passagem. Se lembra de "o tempo não para"? Então, a arte de viver é a arte de viver o seu tempo e curtir cada fase da vida enquanto ela estiver acontecendo.


Então, assim como foi dito por Einstein, eu corroboro a frase "uma vida pra mim já basta". Francamente, não há sentido vivermos duas vezes como muitos sonham, assim como não há sentido em vivermos para sempre como alguns pregam. A vida é linda e de certa forma terrível por ela ter início, meio e fim. 

De qualquer forma para quem tem medo de morrer vai lá um consolo: somos imortais pois não podemos matar nossa versão do passado e não podemos nos matar nossa versão do futuro. Só existe o agora. E agora você está vivo(a)!




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Forte abraço,

Prof. Sérgio Torres

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Prof. Sérgio Torres