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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Física, filosofia e a morte térmica do universo


Esta discussão talvez lhe pareça mais filosófica do que física. Mas toda lei física tem implicações filosóficas, pois, como diz o dicionário, filosofia é o "estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua totalidade". E a compreensão e a descrição da realidade é o objeto da física.

Neste caso, por exemplo, admitir que há apenas um sentido possível para as transformações de energia implica admitir que parte da energia gerada em qualquer transformação é irrecuperável e que, algum dia, não existirá mais nenhuma energia aproveitável no universo. Admitir que o calor vai sempre do corpo mais quente para o mais frio até atingir o equilíbrio térmico é admitir que todo o universo chegará um dia também ao equilíbrio térmico. Nosso futuro está, portanto, determinado - todo o universo chegará a temperatura final de equilíbrio em que nenhuma transformação de energia poderá ocorrer. Será a morte térmica do universo.

Essa conclusão foi formulada explicitamente em 1852 por lorde Kelvin como uma generalização da Segunda Lei da Termodinâmica. Segundo Kelvin, em consequência da troca de calor, todos os corpos do universo ficarão um dia à mesma temperatura. Quando isso acontecer, concluía Kelvin, não haverá como produzir trabalho a partir do calor. O Sol e as estrelas vão esfriar, a vida sobre a Terra deixará de existir, o universo estará morto.

A ideia da "morte do calor" teve repercussão em muitos outros campos da atividade humana. Na literatura, em 1895, o consagrado escritor inglês H. G, Wells escreveu um romance de ficção científica, A máquina do tempo; o astrônomo francês Camiile Flammarion  publicou também um livro semelhante, no qual descrevia possíveis formas de o mundo se acabar; e o historiador americano J. Willard Gibbs publicou uma série de trabalhos, em que aplicava a Segunda Lei da Termodinâmica à história da humanidade, intitulados A degradação do dogma democrático.

A ideia de que o universo venha a atingir o equilíbrio térmico é, desde aquela época, difícil de aceitar, até mesmo pela própria comunidade científica. Mas é aonde chegamos, ou melhor, onde estamos. A ciência é a investigação da natureza, e qualquer investigação pode ter resultados imprevisíveis. Porém a investigação continua.

É provável até que tudo que sabemos hoje torne-se obsoleto como aconteceu com várias teorias físicas ao longo da história. Uma que, hoje em dia, não faz sentido é que o universo não apenas está estático ou detardando sua expansão como ela está sendo comprovada estar acelerando, Incrível, não?




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Fim do Artigo
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Sergio Torres


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