De acordo com as evidências experimentais surgidas no final do século XIX e no início do século XX, os átomos se constituíam de elé-trons que giravam indefinidamente em torno do núcleo, modelo sugerido pelo físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937).
Segundo a física clássica, no entanto, isso é impossível porque o elétron deveria, em apenas alguns milionésimos de segundos em órbita, "cair" para o núcleo.
Para solucionar esse impasse, Niels Bohr concluiu, em 1913, que a natureza deveria impor algumas condições para que o elétron permanecesse em órbita em torno do núcleo. Tratava-se de um novo modelo atômico - o modelo do átomo de Bohr.
Em síntese, Bohr sugeria a existência de órbitas permitidas e não permitidas para os elétrons. Nessas órbitas os elétrons podiam permanecer indefinidamente sem perder energia. Para o elétron saltar de uma órbita para outra ele devia emitir, ou receber, energia na forma de radiação eletromagnética.
0 modelo atômico de Bohr, embora possibilitasse a solução de alguns problemas até então insolúveis, contrariava frontalmente a física da época. Seus postulados eram inexplicáveis, faltava a fundamentação teórica, que só veio a surgir depois da formulação da hipótese de Louis de Broglie em 1923, segundo a qual, o elétron, embora seja partícula, tem também comportamento ondulatório. De Broglie sugeriu que o movimento do elétron em torno do núcleo estivesse associado a uma onda estacionária que se estabelecia nessa região. Comprovando essa hipótese, verificou-se que o comprimento de onda associado ao elétron é exatamente igual ao comprimento da primeira órbita circular permitida para o elétron no átomo de hidrogênio, previsto pelo modelo atômico de Bohr. As órbitas seguintes correspondem exatamente às configurações seguintes de ondas estacionárias para o comprimento da órbita do elétron, como mostra esquematicamente a figura:
As órbitas possíveis do elétron no átomo de hidrogênio coincidem com as ondas estacionárias do elétron contidas no comprimento da órbita.
A comprovação definitiva da validade desse modelo surgiu em 1927, quando os físicos norte-americanos Clinton Davisson (1881-1958) e Lester Germer (1896-1971) verificaram experimentalmente a natureza ondulatória do elétron.
Prof. Sérgio Torres
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A Hipótese de Louis de Broglie sobre o comportamento de onda do elétron me tirou o fôlego, foi uma epifania instantânea.
ResponderExcluir(mas fiquei com a dúvida sobre o que causa a onda)