Joseph Priestley (1733-1804), químico e físico inglês, notabilizou-se pela descoberta de inúmeros gases, inclusive o oxigênio, órfão, teve uma infância pobre, tomando-se pastor unionista (pregava a união de todas as igrejas cristãs), de ideias radicais tanto em religião como em política.
Inteligentíssimo, escreveu sobre os mais variados assuntos, religiosos, científicos e políticos, e conhecia pelo menos nove idiomas. Era um cientista amador, experimental, e seu interesse pela eletricidade surgiu de um encontro com Franklin, em Londres, em 1766.
Franklin pediu a Priestley que refizesse uma experiência que o deixara muito intrigado: um pêndulo eletrostático era atraído por um recipiente fechado carregado quando aproximado pelo lado de fora, mas, colocado dentro do recipiente, nada acontecia.
Priestley não só comprovou a observação de Franklin como lem-brou-se de que, teoricamente, esse fenômeno ocorria também com as forças gravitacionais. De acordo com a Teoria Gravitacional de Newton, se um corpo fosse colocado dentro de um planeta oco, não sofreria atração gravitacional alguma. Priestley concluiu, com notável percepção, que a interação entre corpos devida às suas cargas elétricas deveria ser semelhante à interação devida às suas massas.
Se a natureza tivesse um comportamento único ou uniforme, a intensidade da força elétrica deveria obedecer a uma regra semelhante à intensidade da força gravitacional, ou seja, deveria ser inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os corpos.
É bem provável que a preocupação com a unificação religiosa tenha levado Priestley a ser um dos pioneiros em pensar a física de forma unificada, uma das preocupações dominantes na física moderna.
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Prof. Sérgio Torres