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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Educacional Interdisciplinar de Intervenção



Faculdade Guararapes
Projeto: Educacional Interdisciplinar de Intervenção
Aluno: Sérgio Ricardo Barbosa Torres
Professora: Ms. Ana Paula Rodrigues Figueiroa

Introdução
A interdisciplinaridade é uma exigência natural e interna da ciência, no sentido de uma melhor compreensão da realidade que nos fazem saber. É toda a formação do homem como as necessidades de ação e de intervenção no meio para uma qualidade melhor de vida.
Considerar uma construção de projeto interdisciplinar de intervenção em qualquer setor da sociedade é necessário pensar sobre a possibilidade de traçar uma linha de demarcação entre as elucubrações ideológicas e o sistema real no qual se quer fazer a diferença.
Quebrar o Status Quo é uma das reivindicações de interferência e "incisão" de um projeto interdisciplinar de intervenção em uma sociedade
A análise do trabalho de intervenção em seguida é pensar em um projeto interdisciplinar de intervenção, porque ele precisa ser impulsionado pelo envolvimento e engajamento do agente ativo (agente que responsável pela modificação, podendo ser uma única pessoa como um colégio disciplinar de intervenção) e é um processo demorado, construído a partir de sucessivos desafios para a prática efetiva.
O projeto interdisciplinar inicia-se por questionar se este agente ativo possui as qualidades necessárias e recursos, bem como as técnicas e teorias para aplicar e desenvolver a intervenção de forma plena.
O agente ativo, muitas vezes desconhece o fato de existirem estudos que explicam porque alguns processos de intervenção são mais lentos e é o objetivo do agente ativo determinar como um processo pode ser inserido em um ambiente de forma rápida e eficaz.
Outra questão diretamente ligada à relação entre interdisciplinaridade e intervenção é a questão da formação do agente ativo, pois este foi principalmente educado para servir de instrumento único para todas as classes, em que os mesmos passos devem ser seguidos à risca. E, infelizmente, esta “marca educacional” faz parte de sua idiossincrasia e é tão fortemente enraizada em seu processo de cognição que detém um trabalho muito árduo e firme para que ocorra modificação na sua maneira de pensar e agir.
A relação entre a interdisciplinaridade e a intervenção, o papel da instituição em um processo interdisciplinar é fundamental. Se a instituição fornece o espaço, o tempo e incentivo ao diálogo, é possível fazer com que o agente ativo interaja com seus colegas. Muitas vezes, a solução para um problema que é difícil ou mesmo insolúvel, se torna simples, quando se estabelece esta “simbiose”.
O pressuposto básico para o desenvolvimento da interdisciplinaridade é a comunicação e participação. A participação individual (agente ativo) é uma situação Sine qua non e só será garantida na medida em que a instituição responsável pela intervenção entender que o espaço para a "troca" é fundamental.
Justificativa
            Nas comunidades carentes – carentes de tudo – falta comida; água potável; saneamento básico; lazer; educação e tratamento de saúde básica. Com uma solução prática, objetiva e principalmente barata, ou seja, ao alcance da própria comunidade ser autossuficiente após a “intervenção interdisciplinar”, a própria intervenção em si não é um ato de amor apenas, mas uma atitude pragmática que soluciona o problema da sociedade numa cadeia de aspectos. Senão vejamos: a comunidade carente em questão ao deixar de estar no patamar dos miseráveis tendo o mínimo de dignidade, não só suporta dias que sejam difíceis como podem aproveitar dias melhores, além disso, a sociedade ganha pois ao subir o nível do “IDH” daquela coletividade, eleva-se diretamente o poder aquisitivo, a visão comunitária de comércio, diminui-se a taxa de criminalidade e o engajamento com setores mais organizados e produtivos é facilitado. Esta integração da sociedade “carente” com a classe média – produtiva e com a classe mais abastada é importante na medida em que ao se elevar nível cultural e social da comunidade em questão o resultado não pode ser outro: a elevação da riqueza de todos.
Objetivo Geral
Solucionar alguns dos problemas de uma comunidade carente, como o acesso: ao saneamento básico; a água potável; ao lazer; a educação interdisciplinar; a energia de baixo custo; ao conforto no lar; ao acesso à informação e o ingresso a um atendimento médico a fim de preservar sua saúde.
Objetivo Específico
Capacitar voluntários, dentre estes: professores, agentes financeiros, graduados, graduandos, mestres e doutores de diversas áreas a fim de intervir de forma produtiva, eficaz sem a exigência de grandes despesas em uma comunidade carente para que esta tenha uma vida digna, utilizando tecnologia avançada e de baixo custo, formando agentes ativos da própria comunidade a fim de serem multiplicadores de conhecimentos aplicando a informação na vida prática para que se tornem autossuficientes no que se refere a gerência, administração e a utilização de recursos de forma inteligente, eficaz, prática e contínua.
(Obs.: A comunidade carente abordada por este estudo de caso não leva em consideração aquelas que se utilizam de “gambiarras” para o suprimento de água, energia elétrica, sinais de TV a cabo etc. Serviços pelos quais além de não pagarem, não possuem suporte da rede distribuidora e que podem ser “cortados” a qualquer instante, sem prévio aviso)
Metodologia
Para que se tenha energia, irrigação de pequenas hortas, saneamento básico, água potável, área de lazer, acesso à informação, acesso à educação, conforto domiciliar, atenção salutar e criação de agentes multiplicadores in loco  numa intervenção interdisciplinar de baixo custo é necessário definir, ou melhor, examinar, separadamente cada objetivo supracitado.

Ø  Energia – A obtenção de energia pode e deve ser feita através do que é abundante na localidade da comunidade. Por exemplo, a utilização da energia solar e eólica é um fato. Fato este que não é amplamente utilizado pela desinformação e falta de acesso à tecnologia básica para seu aproveitamento.
o   Energia Solar – A utilização da energia solar é gratuita, tendo o custo apenas da construção do que for necessário para obtê-la, conservá-la e a manutenção dos módulos necessários para sua aquisição. Para lugares frios, através do efeito estufa (pense num carro que fica no sol, ele aquece o ar interno por radiação e o ar quente não sai por convecção) pode-se criar grandes reservatórios de água onde o “telhado” é formado ou por um vidro comum ou por um vidro espelhado (como uma garrafa térmica) por dentro. O calor absorvido pela água entrar sob a forma de radiação solar e não sai por convecção.  Água aquecida possui energia térmica armazenada e pode ser utilizada de várias formas. Este tipo de obtenção de energia envolve as disciplinas de física, química, matemática, engenharia civil e até, pasme, física quântica se utilizarmos sensores sensíveis à luz para obtenção de energia elétrica.
§  O custo – a energia solar é gratuita. O custo resume-se na criação de reservatórios que podem ser feitos por piscinas de plástico fazendo o papel da cisterna com plástico transparentes para sua cobertura que faz o papel do vidro espelhado, ou seja, o custo é realmente muito baixo. No que tange a receptores “fotoelétricos” o custo aumenta para a implantação, porém depois de implementado o custo de manutenção é muito baixo, através deste sistema é possível armazenar energia elétrica para ser utilizada posteriormente abrangendo todo território conhecido por sua utilização.
o   Energia eólica – muito utilizada há milênios (também como moinhos de vento) para bombear água, transformação em energia elétrica, movimentação de quaisquer tipos de máquinas mecânicas.
§  O custo – depende muito da quantidade de energia que se pretende obter, por exemplo, para apenas bombear água o custo é muito baixo e a manutenção também, para se obter energia elétrica para iluminação o custo inicial aumenta mas sua manutenção é praticamente nula.
Ø  Irrigação e cultivo de pequenas hortas
o   Cultivo – A área necessária para o cultivo de pequenas hortas é pequena e o suprimento per capita, ou melhor, a relação custo/benefício é surpreendentemente boa. A necessidade é de um local adequado, adubo, sementes e o cultivo em si. As áreas envolvidas são agronomia, física, química, matemática.
o   Irrigação – Caso haja um desnível entre o local onde se encontra a água e o local de plantio, um “parafuso de Arquimedes” pode ser utilizado, embora não tão eficiente, pois necessitam de trabalho que pode ser humano, animal, eólico etc. É muito didático e de interesse popular devido à sua engenharia excêntrica e milenar.
Ø  Saneamento Básico
o   Procedimento simples e barato (recomendado pela Emprapa) - Hoje, mais de quatro milhões de propriedades rurais no país só conhece uma maneira de tratar o efluente que saem das moradias: fazer buracos no solo, os chamadosburacos negros”, em que os sanitários estão conectados. Isto frequentemente contamina a água do subsolo e de poços que podem conduzir ao início de doenças como diarreia, cólera, hepatite e salmonelose nos consumidores de água. A fossa biodigestora transforma coliformes fecais, diretamente direcionados à latrina, transforma em adubo orgânico, processo de digestão. Com o estrume humano depositado diretamente no depósito de água, para que a água e poços caseiros não sejam contaminados, o clorador complementa o processo, garantindo a qualidade da água para os consumidores. O dispositivo ligado ao reservatório, clora a água, elimina o risco de uma série de doenças. Com uma solução simples e acessível - o custo para aplicar o sistema fossa biodigestora é de cerca de R$200,00 pode , então, simultaneamente ter saneamento na zona rural, adubação orgânica e efluente isento de agentes patogênicos para os seres humanos.

Ø  Acesso ao lazer
o   Criatividade “cria” o lazer – hoje em dia a criança que não tem um “tablet” acha que está perdido? Bem, como lazer as crianças são mais que criativas, muito mais que nós adultos, pois elas não estão engessadas a paradigmas que nós nos acostumamos. Criança quer árvore, quer um pedaço de pau para “andar a cavalo” e a bola pode ser um coco seco. Portanto, esta é a parte mais fácil e barata, quer ter lazer, mude seu paradigma e entre nas das crianças, elas sabem o que fazem e entendem muito bem do assunto. Então, esta questão é fácil de ser solucionada: quem nunca se imaginou balançando num pneu velho amarrado por uma corda?
Ø  Acesso à informação
o   Internet  - É comum citarmos a internet neste âmbito. O acesso a computadores e redes de quaisquer tipos de banda (não é necessário banda larga) dá acesso a um universo ilimitado de informação, cultura e até lazer. Curso gratuitos com diplomas, inclusive internacionais. Mais informações sobre todo este material gratuito (livros, apostilas, cursos, etc) acesse http://canaldoensino.com.br/blog/
Ø  Atenção salutar
o   Orientação médica à distância – Medicamentos básicos de primeiros socorros e diagnósticos são colocados à disposição da população através de nutricionistas, médicos, especialistas à distância. A informação é fundamental para uma boa saúde e compete ao corpo orientador da comunidade direcionar todos que necessitam de informação fidedigna, onde pode encontra-la.

Ø  Criação de agentes multiplicadores in loco
o   Trabalho específico para a equipe voluntária – Formar agentes multiplicadores é essencial para a continuidade do processo e para a multiplicação do conhecimento para a própria comunidade. O trabalho dos agentes ativos voluntários é definitivamente escolher os melhores capacitados na comunidade para fazer este papel. Estes agentes multiplicadores devem ficar em contato com os agentes ativos voluntários para uma atualização constante de novas tecnologias, técnicas interdisciplinares aplicadas à realidade da comunidade e qualificação para, no papel do multiplicador, poder passar este conhecimento para outros que virão a ser novos multiplicadores.
Conclusão
Este trabalho é um projeto interdisciplinar de intervenção. Espero ter dado uma contribuição valiosa para que comunidades carentes tenham acesso às necessidades básicas de cada ser humano, de forma simples, barata, prática. No faz nenhum sentido no mundo globalizado que temos hoje, com tantas tecnologias interdisciplinares à nossa disposição, não utilizarmos para o bem estar das comunidades carentes. No meu modo de ver e no que tentei demonstrar com este projeto é que por mais carente que seja uma comunidade, o atendimento às necessidades básicas podem ser supridas através do conhecimento e também, de início, com um pequeno empurrão de agentes ativos voluntários. Pois, muitas vezes, pessoas morrem de sede porque não sabem que existe um poço muito próximo a elas. Nossa tarefa, não é apenas mostrar o poço, mas também mostrar uma forma simples e barata de trazer a água e saciar a sede no sentido amplo, ou seja, sede de conhecimento, de lazer, de informação, de saúde e no final fazer com que esta comunidade seja autossustentável, promovendo-se a uma categoria que ela própria forma seus professores interdisciplinares.

Referência
- A Interdisciplinaridade na Formação do Professor – Ivani Fazenda
- Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa – Ivani Fazenda

Forte abraço,
Prof. Sérgio Torres
                                                     Sergio Torres

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Prof. Sérgio Torres