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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

EM 2002 O NT7 ERA SÓ UMA POSSIBILIDADE REMOTA DE COLIDIR - AGORA VAI PASSAR A 1/3 DA DISTÂNCIA DO SOL



Nos últimos dias, a leitora Gabriele Yalmanian Correa nos enviou uma mensagem pela nossa fanpage no Facebook com a seguinte pergunta: é verdade que um asteroide vai colidir com a Terra em 2019? Não sabemos onde Gabriele ouviu o rumor, mas se a história chegou até ela, pode muito bem ter chegado a outros leitores. Então resolvemos publicar aqui a investigação que fizemos para a resposta à Gabriele.
Ela provavelmente está se referindo ao asteroide NT7, descoberto em 2002. Na época, houve muito alarme sobre a possibilidade de colisão em 2019, porque esse foi o primeiro asteroide descoberto pela NASA que trazia riscos concretos de um impacto com a Terra. A notícia foi bastante divulgada, assustou muita gente e, como era de se esperar, gerou uma grande onda de rumores sobre o apocalipse. Mas alguns dias depois do anúncio, a própria NASA descartou qualquer possibilidade de choque.
Podemos ficar aliviados - desta pedra estamos a salvo. Mas os asteroides representam, sim, um risco enorme para a Terra e para a humanidade. Por existirem aos montes no Sistema Solar, nós ainda não conseguimos mapear as órbitas da maior parte deles. Os gigantes são mais fáceis de serem localizados: nós conhecemos mais de 96% dos cerca de mil que têm um quilômetro de diâmetro ou mais. O mesmo não pode ser dito dos asteroides com diâmetro a partir de 140 metros, que já fariam um grande estrago. Estimativas sugerem que eles sejam 25 vezes mais numerosos, e uma das metas atuais é fazer com que o número destes objetos conhecidos chegue a 90% ou mais.
Nada impede que algum deles se choque contra o nosso planeta, eventos que já aconteceram diversas vezes no passado, como o episódio que levou à extinção dos dinossauros. Para evitar uma catástrofe do gênero e nos dar tempo de agir caso alguma ameaça seja confirmada, diversos programas estão sendo desenvolvidos. Um deles é oNear Earth Object Program, da NASA, que inclusive estimula astrônomos amadores a descobrirem novos asteroides. Quanto mais gente colaborar com a busca, melhor.
Mas e se eventualmente acontecer de nós não conseguirmos evitar uma colisão? No caso do NT7, que tem 2 quilômetros de diâmetro, o estrago seria enorme, mas provavelmente sobreviveríamos. Recentemente, nós divulgamos o que aconteceria se um asteroide de 500 quilômetros colidisse com a Terra.

Astrônomos descartaram a possibilidade de o asteróide 2002 NT7 se chocar com a Terra no dia 1° de fevereiro de 2019.

O asteróide, que tem 2 km de diâmetro, foi descoberto em 9 de julho.

Inicialmente, cientistas acharam que havia uma pequena possibilidade de ele colidir com a Terra em 2019.

As últimas observações, porém, concluíram que o asteróide vai passar ao largo do planeta nessa data.

Risco futuro

“Nós podemos desconsiderar qualquer possibilidade de choque em 1° de fevereiro de 2019”, disse Don Yeomans, da Nasa – a agência espacial americana.

Por enquanto os cientistas ainda não podem descartam a hipótese de o 2002 NT7 entrar em rota de colisão com a Terra no futuro.

“Ainda não podem descartar completamente o risco de um choque em 2060, mas aparentemente essa hipótese também será eliminada em breve”, disse Yeomans.

Analistas esperam que em algumas semanas novas observações permitão que se tenha uma idéia melhor sobre a trajetória do asteróide no futuro.

Não há observações anteriores 2002 NT7 no passado, pois o asteróide costuma viajar por regiões do espaço que não são freqüentemente monitoradas.

"Sensacionalismo"

Na opinião de Benny Peiser, da Universidade John Moore de Liverpool, na Inglaterra, não há motivo para celebração.

“Seria prudente avisar que futuras observações podem resultar em novas datas de colisão”, disse Moore.

O interesse mundial no asteróide 2002 NT7 provocou polêmica entre os astrônomos.

Muitos deles estão insatisfeitos com o que consideram reportagens alarmistas na imprensa e dizem que a política oficial de divulgação de informações do tipo deve ser revista.


Nos últimos dias, a leitora Gabriele Yalmanian Correa nos enviou uma mensagem pela nossa fanpage no Facebook com a seguinte pergunta: é verdade que um asteroide vai colidir com a Terra em 2019? Não sabemos onde Gabriele ouviu o rumor, mas se a história chegou até ela, pode muito bem ter chegado a outros leitores. Então resolvemos publicar aqui a investigação que fizemos para a resposta à Gabriele.
Ela provavelmente está se referindo ao asteroide NT7, descoberto em 2002. Na época, houve muito alarme sobre a possibilidade de colisão em 2019, porque esse foi o primeiro asteroide descoberto pela NASA que trazia riscos concretos de um impacto com a Terra. A notícia foi bastante divulgada, assustou muita gente e, como era de se esperar, gerou uma grande onda de rumores sobre o apocalipse. Mas alguns dias depois do anúncio, a própria NASA descartou qualquer possibilidade de choque.
Podemos ficar aliviados - desta pedra estamos a salvo. Mas os asteroides representam, sim, um risco enorme para a Terra e para a humanidade. Por existirem aos montes no Sistema Solar, nós ainda não conseguimos mapear as órbitas da maior parte deles. Os gigantes são mais fáceis de serem localizados: nós conhecemos mais de 96% dos cerca de mil que têm um quilômetro de diâmetro ou mais. O mesmo não pode ser dito dos asteroides com diâmetro a partir de 140 metros, que já fariam um grande estrago. Estimativas sugerem que eles sejam 25 vezes mais numerosos, e uma das metas atuais é fazer com que o número destes objetos conhecidos chegue a 90% ou mais.

Asteroide 2002 NT7 vai colidir com a Terra em fevereiro de 2019?

asteroide 2002 NT7 vai cair na Terra em fevereiro de 2019?
Estaria a NASA escondendo uma grande catástrofe com data marcada? Qual é a verdade sobre o asteroide de 2 km?

O asteroide 2002 NT7 (89959 2002 NT7), é um NEO (objeto próximo da Terra), com 2 km de diâmetro, descoberto no dia 9 de julho de 2002. O asteroide recém descoberto poderia ter passado despercebido, em meio a centenas de novos objetos que viriam a ser descobertos mais tarde, porém, algo chamou a atenção dos cientistas: sua trajetória.

asteroide 2002 NT7
Créditos: NASA / NEO

O asteroide 2002 NT7 se tornou o primeiro objeto observado pelo programa de monitoramento NEO da NASA a ganhar um número positivo na Escala de Palermo (0,06). Para entendermos um pouco essa escala, ela tem a função de medir o risco de impacto de objetos com a Terra. Ela se parece com a Escala de Turim (que utiliza valores entre 0 e 10), porém, é mais detalhada e muito mais complexa. Na Escala de Palermo, o valor -2 representa um risco médio de impacto de 1%; o valor 0 indica uma probabilidade de impacto média igual a do risco médio, e o valor 2 indica que a chance de impacto é 100 vezes superior ao risco médio. Ou seja, havia uma chance considerável do asteroide 2002 NT7 colidir com a Terra em 1° de fevereiro de 2019, segundo a NASA. Vale lembrar que essa chance considerável era muito pequena, porém, ela existia.

Asteroide 2002 NT7 - orbita inclinada
Na imagem podemos ver como a órbita do asteroide 2002 NT7 é altamente inclinada.
Créditos: NASA / NEO / JPL-Caltech

Por ter sido o primeiro objeto com risco considerável de colisão com a Terra, logo ele ganhou a atenção de vários cientistas, que refizeram os cálculos, e novas observações auxiliaram na previsão de sua trajetória. Alguns dias mais tarde, em 28 de fevereiro de 2002, especialistas da NASA descartaram a possibilidade de colisão com a Terra. "Nós já podemos desconsiderar qualquer possibilidade de impacto para o dia 1° de fevereiro de 2019", disse Don Yeomans, da NASA. "Ainda não podemos descartar completamente a chance de impacto com a Terra para 2060, mas ao que tudo indica, ela também deve ser descartada com o passar do tempo."


Conspiração? A NASA estaria escondendo um grande impacto com a Terra?

Como já era de se esperar, o asteroide 2002 NT7 foi (e ainda é) motivo de discussões e teorias mirabolantes. De acordo com sites especialistas em "teorias da conspiração", o Governo Norte-Americano teria emitido um comunicado para que a NASA retirasse imediatamente qualquer possibilidade de impacto do asteroide 2002 NT7 com a Terra, mesmo que essa possibilidade ainda existisse. Por outro lado, diversos cientistas não gostaram da maneira que o assunto foi retratado pela mídia internacional, e acusaram os jornais de sensacionalismo.

Na opinião de Benny Peiser, da Universidade John Moore de Liverpool, na Inglaterra, seria prudente deixar claro para a sociedade que a trajetória do asteroide 2002 NT7 pode ser alterada por conta de atrações gravitacionais de outros objetos, e que futuras observações poderiam resultar em novas datas de colisão. Apesar disso, as chances são muito, muito pequenas, ou quase desconsideráveis, ao menos para esse asteroide.


O asteroide 2002 NT7 vai mesmo colidir com a Terra em 2019? E em 2060?

De acordo com a NASA, não há qualquer risco de colisão com a Terra para 2019. Além de ter sido removido da tabela de possíveis impactos, sabe-se agora que o asteroide 2002 NT7, de 2 km de diâmetro, passará a uma distância segura de 0,4078 UA (61,010,000 km) da Terra no dia 13 de janeiro de 2019, a uma velocidade média de 23 km/s, de acordo com o site NEO da NASA.

máxima aproximação do asteroide 2002 NT7 em 2019
Imagem mostra a posição dos planetas interiores, sobretudo da Terra e do asteroide 2002 NT7
no dia de sua máxima aproximação, em 13 de janeiro de 2019.
Créditos: NASA / NEO / JPL-Caltech

Já para 2060, não se sabe ao certo, já que sua trajetória pode sofrer alterações por conta da interação gravitacional com outros objetos. Até lá, não se sabe ao certo qual será a mudança orbital do asteroide, porém, podemos ver a previsão preliminar feita pela NASA:

máxima aproximação do asteroide 2002 NT7 em 2060
Máxima aproximação do asteroide 2002 NT7 com a Terra em 24 de fevereiro de 2060.
Créditos: NASA / NEO / JPL-Caltech

De qualquer maneira, existem algumas formas de evitar colisões com a Terra, principalmente quando a data prevista de impacto é distante. Um ideia seria enviar mísseis que se chocariam contra o objeto, porém, a detonação iria apenas criar diversos fragmentos cuja trajetória não poderia ser prevista, o que poderia ser ainda pior. Uma das melhores maneiras de se evitar uma colisão com a Terra, de acordo com os cientistas, seria a deflexão. Engenheiros espaciais poderiam enviar uma nave até as proximidades do objeto em questão, que por sua vez, teria sua órbita alterada por conta da atração gravitacional da nave.

Esses métodos de interceptação não são 100% confiáveis, mas com certeza já seria uma carta na manga em uma hipotética futura colisão com a Terra.


Quais seriam os efeitos caso o asteroide 2002 NT7 colidisse com o nosso planeta?

Se um asteroide de 2 km atingisse a Terra, os efeitos seriam desastrosos! Os danos causados dependem muito da composição do asteroide, da inclinação, da velocidade e do local de impacto.

O mais provável é que qualquer objeto vindo do espaço caia no oceano, a uma profundidade média de 1,5 km. Considerando que o asteroide seja misto (composto por rochas e metais), e que colidisse a um ângulo médio de 45°, os cálculos feitos pelo programa ImpactEarth mostram que o impacto liberaria aproximadamente 600.000 megatons de energia, abrindo um buraco no oceano de 31 km, criando uma grande cratera de impacto no fundo do mar, inicialmente com 15 km de largura por 5 km de profundidade.

asteroide 2002 NT7 pode atingir a Terra?
Ilustração         /         Créditos: CORBIS

Se estivéssemos no litoral, a 80 km do impacto, por exemplo, seríamos atingidos pela radiação térmica em menos de 2 segundos, o que queimaria nossas roupas e causaria queimaduras imediatas de 3° grau, além de todas as árvores serem devastadas.

16 segundos após o impacto, um terremoto de magnitude 8.2 na Escala Richter nos atingiria, o que acabaria com construções, desmoronaria morros e montanhas. Os fragmentos da colisão chegariam após 2 minutos e 15 segundos do impacto, com tamanhos variando entre 26 cm e 1 metro.

A onda de choque chegaria apenas 4 minutos após a colisão, e o som seria de 118 dB, tão alto quanto o bramido de um elefante africano.




E quando tudo parecesse ter acabado, teríamos uma surpresa cerca de 11 minutos após o impacto: uma mega-tsunami, com ondas monstruosas de aproximadamente 291 metros de altura, acabando com tudo que encontrasse pela frente.
Forte abraço,
Prof. Sérgio Torres
                                                     Sergio Torres

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Prof. Sérgio Torres