Pela definição clássica, ciência é todo saber adquirido que tem por finalidade explicar, de modo racional e objetivo, a realidade. A ciência estabelece relações entre os fenômenos observados e as exprime na forma de leis, que refletem determinadas regularidades encontradas na natureza e na sociedade, o que permite que se façam previsões. Há milhares de anos, o homem já percebia regularidade na alternância entre dia e noite ou na sequência de estações. Entretanto, os historiadores consideram que a ciência como atividade sistematizada, que adota um método de pesquisa, só pôde surgir depois da criação da escrita e da matemática – algo em torno de 3000 a.C. Houve momentos em que tais métodos estiveram mais próximos da filosofia; em outros, apelava-se para preceitos religiosos. Em todas as épocas, porém, o conhecimento da natureza sempre foi construído com base na busca de regularidades. Assim, a definição mais rigorosa de ciência passou a ser o conhecimento dos processos naturais e sociais por meio da observação e da experimentação sistemáticas.
Com o tempo, a ciência ramifica-se em muitas áreas, mas ela pode ser dividida em três grandes campos básicos: ciências exatas e físicas (como a geologia e a geofísica, que se voltam para fenômenos relacionados ao planeta), ciências da vida (que comportam a biologia e a medicina) e ciências humanas e sociais (que incluem a antropologia cultural e a economia).
Saiba o que é o método científico
Além de limites bem definidos – o mundo material –, a ciência atua com critérios precisos, que buscam eliminar, ao máximo, qualquer ilusão dos sentidos humanos, preconceitos ou crença pessoal dos cientistas. Esses parâmetros constituem o que se chama método científico. Ele foi formulado pela primeira vez pelo filósofo inglês Francis Bacon, no século XVII. Mas foi o italiano Galileu Galilei que realmente o colocou em prática, revolucionando o modo de fazer ciência.
Em linhas gerais, o método científico diz que a ciência deve partir da observação, sobre a qual se cria uma hipótese, que, por sua vez, deve ser testada. A hipótese nada mais é do que uma conjectura do cientista sobre o que poderia explicar o fenômeno, dentro das previsões feitas por determinada teoria já existente. O método estabelece que uma hipótese só é científica – e, portanto, confirmável cientificamente – se for possível imaginar algum experimento que comprove que ela é falsa.
O teste da hipótese é feito por experimentos. Para ser considerado válido, um experimento deve ser reproduzível por outros cientistas, nas mesmas condições. Se os experimentos não comprovarem a hipótese, ela será reformulada e passará por novos testes. Se muitos experimentos confirmarem a hipótese, ela se tornará uma lei científica. Quanto mais hipóteses forem confirmadas, mais se confirmará a teoria a qual derivou a hipótese.
Muitas vezes, contudo, uma pesquisa científica não parte diretamente da observação, mas da hipótese. É o caso, por exemplo, a teoria do Big Bang. Ninguém efetivamente assistiu à explosão primordial que deu origem a tudo. A teoria nasceu de cálculos matemáticos que explicavam algumas características do Universo, como a distribuição de elementos químicos. Além disso, até hoje os astrônomos não conseguiram comprovar a teoria por completo, mas nem por isso o Big Bang deixou de ser uma teoria. Outras teorias são mais difíceis ainda de ser testadas, como a teoria da evolução de Darwin. Como reproduzir em laboratório milhões de anos de transformações da vida na Terra? Mas, como há evidências de que tal evolução ocorreu – como os fósseis –, a idéia da evolução por seleção natural é considerada científica.
Seja como for, as teorias científicas não são verdades absolutas nem eternas. Periodicamente, os cientistas descobrem novos aspectos da realidade, que os forçam a fazer uma nova interpretação da natureza.
Prof. Sérgio Torres
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